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Enviada em: 28/10/2018

Após a descoberta do "Brasil", o território nacional passou a categoria de colônia de exploração, ou seja, deveria fornecer recursos e atender as exigências de Portugal, mas nunca deveria se mostra como uma potência que disputasse mercado com a metrópole. Com isso, reinou a dependência política diante os interesses lusitanos. Essa posição ocupada pelo Brasil trouxe diversos atrasos indústriais e científicos, apesar da liberdade adquirida posteriormente, o país continuar a ser uma colônia no âmbito científico, haja vista sua subordinação ao mercado externo que ocorre pelo desrespeito constitucional e por uma sociedade inerte.           Em primeira análise, a Constituição Federal prevê, em seu artigo 3, que é dever do Estado garantir o desenvolvimento nacional. Entretanto, tal conceito encontra-se violado no país no que tange o desenvolvimento científico, uma vez que são baixos os investimentos, além de ter tido cortes para área nos últimos anos, por conseguinte, o Brasil tende a ficar dependente de nações que perceberam a importância de incentivar os seus cientistas. Nesse sentido, desprende-se um paradoxo legislativo, uma vez que as normas constitucionais por representarem a máxima hierarquia do país deveriam ser seguidas nos diversos contextos de progresso e desenvolvimento.        Aliado a isso, pode ser citado o individualismo contemporâneo como regulador do impasse. Segundo Zygman Bauman, a sociedade pós moderna é marcada pela ausência de solidez nas esferas sociais, políticas e econômicas. O pensamento do sociólogo polonês também efetiva-se no território nacional, já que a falta da mobilização coletiva relacionada à busca de mudanças demonstra os desgastes nos elos de engajamento social que outrora estiveram presentes. Desse modo, a desvalorização da ciência tende a persistir.         Portanto, urge medidas para combater o intempérie. O Poder Legislativo deve garantir leis que contribuam com um maior repasse de recursos para os centros acadêmicos, tal medida deve ocorrer por uma emenda constitucional, com isso as iniciativas de investimentos nas ciências deixaram de ser medidas adotadas por alguns governos para ser algo puramente constitucional. Ademais, o MEC, em parceria com as instituições de ensino, deve promover palestras que denotem a importância dos avanços do conhecimento, sendo assim poderá criar nos alunos a vontade de lutar em prol de mudanças em relação as posturas erradas dos governantes. Com tais medidas, espera-se que a colônia vire metrópole.