Materiais:
Enviada em: 04/10/2018

Segundo Aristóteles, “a política é a ciência para garantir a felicidade dos cidadãos”, a qual deve atuar na interação da sociedade e visar o bem comum. Contudo, esta conduta necessita de ética e imparcialidade para não acometer fragmentação de liberdade e direitos à parte da população. Atualmente, no Brasil, vivencia-se a péssima realidade da desvalorização da ciência influenciada pelo corte de investimentos feito pelo poder público, além disso, o reflexo dos danos causados ao desenvolvimento do país.    É indubitável que a destinação de verbas é de extrema necessidade para a evolução da ciência nacional. Porém, o Governo Federal, em 2017, realizou um corte de gastos de 44% do orçamento para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Nesse sentido, além dos impasses no crescimento, evidencia-se a decadência da ciência brasileira que fica caracterizada pela deterioração das instituições e equipamentos, desvalorização dos cientistas e estagnação de pesquisas em andamento. Por esse motivo, a eliminação de recursos destinados à ciência objetiva o desfecho letal da governabilidade brasileira, que perante o cenário de crise, opta por medidas de caráter autodestrutivo.    Concomitantemente a isso, os avanços tecnológicos, provenientes dos sucessos na área cientifica, tem capacidade de alavancar a economia do país. Como dizia o físico americano Edward Teller, “a ciência de hoje é a tecnologia de amanhã”, relaciona-se às estratégias governamentais que deveriam ser utilizadas para retomar o crescimento do país. Nesse âmbito, segundo o estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil possui o pior desenvolvimento em inovação entre os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Por conseguinte, constata-se que o país atua na contramão de países desenvolvidos e emergentes, e compromete a capacidade de sair fortalecido da crise atual.    Fica claro, dessa forma, que as prioridades governamentais atuam contra as demandas da população e coloca a realidade do país em contraste com o desejado. Logo, o Governo Federal, deve reverter às medidas tomadas contra o (MCTIC) e destinar os recursos necessários para que as instituições retomem as atividades. Igualmente, o fortalecimento do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico), para promover o direcionamento de novas contratações de cientistas, criação de novas pesquisas, construção de novas instituições, assim como a valorização da ciência e dos pesquisadores, para que o Brasil se recupere da crise com vigor. Em suma, os direitos citados por Aristóteles vencerão a inércia e com seus devidos movimentos resultarão em bons frutos à população.