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Enviada em: 22/10/2018

É indiscutível o papel que a ciência desempenha em uma sociedade bem desenvolvida,como por exemplo o Japão, que destina mais de 4% do seu PIB para essa área, segundo a Exame. No Brasil, entretanto, essa ferramenta é subvalorizada, visto que enfrenta graves problemas financeiros e estruturais. Desse modo, deve-se analisar possíveis caminhos para melhorar a situação precária da ciência brasileira.                    De fato, é possível mencionar que de cada cem reais gastados pelo governo federal, apenas trinta e dois centavos vão para a ciência e tecnologia, de acordo com a SBPC ( Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência). Isso acontece porque muitos dos governantes do Brasil, não têm seriedade e honestidade para perceber que esse ramo é fundamental para construir o país no qual todos os brasileiros sonham; pelo contrário, preferem desviar a maioria dos recursos para a corrupção. Por resultado, muitas pesquisas promissoras que iriam revolucionar o meio científico e melhorar a vida de milhões, estão paradas por falta de recursos, segundo a SBPC.                   Outrossim, nota-se ainda, que os centros de pesquisas brasileiras estão concentrados nas universidades, que também sofrem com o corte de verbas, falta de laboratórios, e greves dos docentes por atrasos nos salários. Isso ocorre porque as universidades federais perderam mais de 40% em verbas no ano passado, e o que antes era insuficiente, ficou impossível. Consequentemente, pode-se perceber que os cientistas brasileiros acabam trabalhando para empresas privadas, ou vão para o exterior onde seu trabalho é reconhecido e bem remunerado, visto que mais de 15 prêmios internacionais foram dados a cientistas brasileiros que trabalham no exterior.                      Torna-se evidente, portanto, que medidas drásticas precisam ser tomadas para fazer com a ciência brasileira não volte ao patamar de terceiro mundo. Em razão disso, a Câmara dos Deputados e o Senado devem trabalhar em parceria para aumentar as verbas destinadas à ciência e tecnologia, aliado ao acompanhamento do Ministério Público para que esse dinheiro chegue, realmente, aos cientistas, no intuito de fazer com que as pesquisas paradas possam voltar a ser desenvolvidas. Em consonância, o Ministério da Educação deve disponibilizar mais recursos as universidades, para que sejam feitas melhorias nos laboratórios, equipamentos e nos salários dos mestres, a fim de diminuir a  "fuga de cérebros" que ocorre atualmente. Dessa forma, o Brasil poderá melhorar o campo científico beneficiando a vida de milhões de cidadãos, possibilitando que essa nação chegue ao tão sonhado desenvolvimento, possibilitando que os fundos arrecadados com os impostos possam voltar, de fato, à população.