Materiais:
Enviada em: 29/10/2018

O desenvolvimento científico é essencial para alavancar inúmeras esferas da sociedade, como saúde e educação. Entretanto, tal reconhecimento não atinge o alcance esperado, de modo que o lema positivista - fundado pelo filósofo Auguste Comte - da bandeira nacional, “Ordem e Progresso”, se contrapõe à ideologia pregada, a qual propõe que os pensamentos racionais e científicos sejam valorizados e estejam ao alcance de todos. À vista disso, a realidade brasileira encontra na falta de reconhecimento e na saída de cientistas os efeitos dos investimentos insuficientes nessa área.    Quando o astrofísico Carl Sagan afirmou que o homem vive em uma sociedade extremamente dependente da ciência e tecnologia, mas que poucas pessoas entendem sobre tais assuntos, ratificou a importância de informar melhor a sociedade sobre a presença da ciência no cotidiano. Diante disso, ao considerar o aparato de pesquisas oneroso aos cofres públicos, o Estado desestimula o ensino científico nas escolas - ao dificultar uma  preparação eficaz de jovens em competições estudantis internacionais - e o seu reconhecimento pelos lares brasileiros, pela escasso número de propagandas governamentais relacionadas ao avanço brasileiro na saúde, pelo desenvolvimento de fármacos, novos tratamentos contra doenças e pesquisas sobre longevidade. Assim, verifica-se a urgência em garantir maior recurso e visibilidade no setor científico aos estudantes e às famílias do país.     Além disso, a região americana denominada Vale do Silício, a partir de 1950, tornou-se um polo de inovações no campo científico e tecnológico cuja maioria profissional é proveniente de outros países, oriundos do fenômeno “fuga de cérebros”. Nesse sentido, percebe-se que a emigração brasileira acontece, sobretudo, pela falta de infraestrutura para o pleno exercício de pesquisas, por poucas oportunidades empregatícias e pela escassez de orientadores que ajudem os projetos dos cientistas alavancarem. Diante disso, investimentos insuficientes nessa área dificulta a independência científica do país, de modo a necessitar cada vez mais da importação estrangeiras na saúde de vacinas e na educação de bibliografias recentes de medicina.      Depreende-se, portanto, que a ciência no país é desvalorizada ocasionando falta de informação na população e saída de profissionais capacitados. À vista disso, cabe ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações divulgar com mais frequência o avanço científico brasileiro. Isso pode ocorre por propagandas em horário nobre e postagens em redes sociais para que a sociedade esteja ciente do avanço das pesquisas brasileiras. Outrossim, é imprescindível que o Ministério da Fazenda valorize e estimule a permanência de trabalhadores no Brasil, pelo redirecionamento de recursos para o campo de pesquisas, com o fito de impulsionar o desenvolvimento científico nacional. .