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Enviada em: 30/10/2018

Um dos maiores nomes da astronomia moderna,  Carl Sagan, relatou em seu livro "O Mundo Assombrado por Demônios" sua frustração com a população estadunidense, que é extremamente dependente da ciência e tecnologia e ao mesmo tempo absorta à ela. Analogamente, o cenário brasileiro não é muito diferente, a ciência se equilibra em pulares que são gradualmente destruídos tanto falta pela de investimento quanto pela insignificante divulgação fora dos meios acadêmicos. Em primeira análise, é possível ressaltar que a escassez de recursos financeiros tem condenado os avanços científicos no Brasil ao abismo. Nesse sentido, contata-se que no ranking das 200 melhores instituições de ensino superior - realizado pela QS World University em 2017-, USP e UNICAMP ficaram de fora pela primeira vez em dez anos. Tal fato expõe a decadência que a pesquisa científica tem sido submetida, e a redução de inovações por falta de verba atinge toda população, haja vista que vivemos num meio época técnico-científico-informacional. Consequentemente, os produtos de ponta se encarecem, já que muitas vezes precisam ser importados, de modo a intensificar a desigualdade social, posto que apenas uma pequena parcela da nação brasileira é capaz de arcar com seus altos custos. Em segunda análise, o desconhecimento sobre ciência e sua importância fora dos círculos universitários corrobora um panorama de negligência. Desse modo, é válido ressaltar que a ciência foi institucionalizada no país como restrita à elite intelectual, assim, contata-se como a consciência coletiva foi moldada. Conforme o sociólogo Émile Durkheim, o corpo social age como um só organismo pensante que dia as atitudes do senso comum, instaurando uma identidade nacional, logo, o distanciamento de assuntos científicos arraigou sua falta de pertencimento popular.  Em consequência disso, temos um um povo que se sente impróprio às tecnologias e não reconhece seu valor, dado que não sabe nem definí-las nem reconhecê-las no cotidiano. Fica claro, dessa forma, que é de suma importância evidenciar a ciência no contexto nacional. Portanto, cabe ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações ampliar a verba repassada aos centros de estudo,  por meio da concessão de incentivos fiscais à empresas privadas interessadas em patrocinar pesquisas, visto que os gastos públicos são limitados. Dessa maneira, as grandes instituições produtoras de conhecimento terão capital para aplicar no desenvolvimento e aprimoramento de novas tecnologias, bem como, aumentar a divulgação científica fora dos nichos academicistas. Com isso, espera-se, valorizar a ciência e engajar a população em prol do progresso da pátria.