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Enviada em: 01/11/2018

A evolução, segundo Darwin, é natural para os seres vivos e essencial para a sobrevivência deles, e é assim que a espécie humana tem se perpetuado, evoluindo, principalmente, por meio da ciência. No Brasil, entretanto, há um cenário contraditório, pois, como país em desenvolvimento, a ciência deveria ser valorizada, mas não é, o que impede o país de evoluir. Isso se dá, principalmente, pela baixa visibilidade e consciência científica da sociedade e pela negligência estatal.      Em primeiro lugar, é importante analisar que muito da sociedade atual é fruto da ciência, como remédios, vacinas e celulares, por exemplo. Entretanto, por mais que isso faça parte do dia-a-dia da sociedade, não há uma consciência do que há por trás desses produtos, como os processos de pesquisa e produção deles. Dessa forma, pelo pouco conhecimento e pela pouca crença de que o brasileiro é capaz de fazer ciência - mesmo tendo grandes exemplos, como Carlos Chagas e Oswaldo Cruz, pioneiro no estudo de doenças tropicais -, as pessoas acabam por pouco se importarem com ela e por descartarem-na como opção para ser um meio de vida.      Além disso, é notório que falta investimento em ciência pelo Estado, exemplo disso é a frequência de protestos dos cientistas e pesquisadores sobre o corte de verbas e bolsas e também o recente incêndio do Museu Nacional do Brasil, enorme acervo de fontes históricas e científicas, que ocorreu por falta de manutenção por corte de verba. Como consequência disso, ocorre o fenômeno chamado "brain drain", no qual os outros países oferecem ótimas condições de pesquisa para os estudantes mais promissores do brasil, que, por não terem oportunidade em seu país, deixam este e vão fazer ciência fora. Dessa forma, o Brasil perde a disputa para outros países e deixa de evoluir e crescer economicamente.      É imprescindível, portanto, que o Ministério da Ciência e Tecnologia, em parceria com o Ministério da Educação, implante, nas escolas, projetos voltados para disseminar a importância da ciência, como oficinas com experiências simples e didáticas, uma vez que prendem a atenção e interessam às crianças, por meio do remanejamento de verbas desses ministérios. Tudo isso com o fito de incentivar o pensamento científico desde cedo e de que a ciência seja valorizada pela sociedade e pelo Estado. Assim, será garantida a evolução, sobrevivência e progresso dos brasileiros.