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Enviada em: 01/11/2018

Investir na Educação para pensar e agir amanhã         O pensamento científico é importante em uma sociedade na medida em que o emprego da tecnologia, um dos resultados diretos desse pensamento, beneficia a sociedade e contribui para acelerar o seu desenvolvimento, impactando dessa forma, desde atividades cotidianas à revoluções inovadoras em áreas específicas. No entanto, o Brasil não reflete valorizar esse tipo de pensamento uma vez que o estudo feito pelo Instituto Paulo Montenegro (braço social do Ipane) em 2013, revelou que mais de 90 milhões de brasileiros entre 15 e 40 anos não são capazes de interpretar termos e conceitos científicos básicos.         Para que a sociedade acesse o pensamento científico, o mesmo deve ser incentivado pelo Estado através de uma educação crítica e de políticas públicas de incentivo à Ciência. No entanto, o Brasil, apesar de ter criado o Departamento de Popularização da Ciência em 2004, mostrou-se insuficiente no emprego de tecnologias, uma vez que o país, sete anos depois, ocupava o 64º lugar entre 142 nações no Índice Global de Inovação.         A educação básica pública, se não for a origem deste problema, é no mínimo um grande incentivador, pois privilegia os recursos de ensino mais passivos, como lousa e livros, a fim de encher o aluno de informações em detrimento da oferta de experiência prática do conhecimento. Na visão da youtuber portuguesa MathGurl, o excesso de teoria inibe a criatividade e tira lado divertido do aprendizado, o que explicaria a crescente falta de interesse dos alunos em matérias importantes para a ciência, como matemática e física. Sendo assim, faz-se necessário despertar o interesse genuíno e a curiosidade dos cidadãos a fim de valorizar seu pensamento científico. Caberá ao Ministério Público propor, para o próximo Plano Nacional de Educação, a meta de fomentar o ensino prático e experiencial das matérias curriculares para os próximos anos. Tornando assim uma responsabilidade dos professores de seguir as diretrizes do PNE, equilibrando seus recursos didáticos em sala de aula de modo a balancear a passada de informações e sua aplicação prática. Assim, o Brasil investirá em cidadãos com maior capacidade de pensar, problematizar, testar e resolver pequenos e grandes problemas através do conhecimento e prática do pensamento científico.