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Enviada em: 13/02/2019

Conhecimento é poder       Em meados do século XIX, o conhecimento científico baseava-se no positivismo, uma visão científica do mundo. Negava-se tudo o que não fosse possível ser provado por meio da demonstração científica. Com a teoria da relatividade de Einstein, na qual a incerteza, o relativismo e o indeterminismo são protagonistas, tem-se o declínio da concepção positivista da ciência. No Brasil, o ceticismo em relação ao pensamento científico baseia-se, principalmente, no fato de que a maioria dos brasileiros desconhece o método.          Uma pesquisa realizada, entre alunos de graduação, pela Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, que visava detectar o grau de aceitação/rejeição de teorias como origem da vida, do Universo e evolução percebeu uma frequência de comentários como “evolução é somente uma teoria” ou “teorias podem ser mudadas com o tempo” nos questionários devolvidos por diferentes estudantes. Em alguns casos, foi possível perceber nas entrelinhas que, para muitos deles, o conceito de teoria científica está estrito a um conjunto de ideias ainda sem comprovação.       Nesse contexto, vê-se que a educação formal brasileira peca. A informação explícita acerca de como as teorias científicas são estabelecidas é a base para todo o aprendizado racional e lógico das ciências. Assim, nota-se que o descrédito relacionado ao processo científico está mais ligado ao seu desconhecimento do que a sua real utilização para confrontação de dados experimentais.         Outrossim, o país precisa investir mais em ciência, caso queira se destacar internacionalmente, é o que diz Jaílson de Andrade, servidor do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações: “O atual orçamento do MCTIC está no mesmo nível de 2001”. Portanto, desde o "boom" da Internet – ferramenta que praticamente globalizou o conhecimento – no ano de 2000, não há investimentos maiores no setor, por parte do governo federal.         Em plena Era da Informação, portanto, no qual quem tem mais conhecimento manda, é necessária uma maior ingerência do poder público tanto na esfera acadêmica, por meio do Ministério da Educação e Cultura, criando políticas públicas no sentido de incentivar a produção científica, a partir do ensino fundamental, quanto na econômica, através do MCTIC, realizando feiras científicas para apresentação de trabalhos de discentes e pessoas que tenham realizados trabalhos na área, com prêmios e bolsas de estudo para os projetos relevantes. Destarte, esse misto de incentivos pedagógicos e financeiros é capaz de reavivar a "fé" no método científico e alçar o Brasil à potência tecnológica mundial.