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Enviada em: 24/02/2019

Na Idade Média, cientistas eram acusados de heresia pela Igreja Católica por ir contra os dogmas da instituição e a religião, sendo queimados em fogueiras para educar a sociedade por meio do olhar, servindo de exemplo a quem os desrespeitassem. Atualmente, o Estado é laico e existe um enorme conhecimento científico de livre acesso para todas as pessoas, no entanto, ainda existem pensamentos medievais, tais como os movimentos antivacina e o terraplanista que comprovam que a população carece de conhecimento científico. Nesse contexto, deve-se analisar como a mídia e o Governo agravam a problemática em questão.     Em primeiro lugar, a mídia não dá a atenção necessária para as questões tecnológicas e científicas. A exemplo disso, na abertura da copa do mundo de 2014, um paraplégico deu seu primeiro chute em uma bola de futebol, graças ao exoesqueleto feito pelo neurocientista Miguel Nicolelis. Isso teve um grande significado para a ciência brasileira. Infelizmente, não foi repercutido pelos meios de comunicação.     Além disso, a negligência do Governo influencia diretamente na desvalorização do pensamento científico. Verbas são cortadas, museus são incendiados, cientistas não são valorizados. Ligado a isso, temos o desinteresse da população para essas questões. De acordo com o renomado sociólogo Zygmunt Bauman, na modernidade somos regidos por duas tendências: o imediatismo e a superficialidade. E sendo o conhecimento científico algo construído ao longo do tempo e que exige muito esforço, não é valorizado por ela.      Fica clara, portanto, a necessidade da valorização do pensamento científico no Brasil. Nesse sentido, é fundamental que a Mídia em parceria com o Governo, priorize a propagação de conhecimento cientifico, sendo esse, portanto, a única porta para sair da ignorância. Uma forma de fazer isso é a elaboração e divulgação de projetos como o do Miguel Nicolelis para que a sociedade veja o quanto a ciência pode impactar positivamente a vida de outras pessoas.