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Enviada em: 20/08/2018

No documentário "Brasil Ciência", a obra retrata a importância das pesquisas brasileiras em âmbito internacional, como as pesquisas contra o câncer e o HIV (Vírus da Imunodeficiência), por exemplo. À vista disso, a curta metragem expõem a necessidade de investimento nesta área, uma vez que, a desvalorização da ciência no país vem crescendo anualmente. Nesse sentido, é necessário a redistribuição e a equiparidade de capital entre as alas do Estado e a "concentração de cérebros" no país, para que assim o Brasil se desenvolva e colha seus próprios frutos.                 Em primeiro plano, de 2014 a 2018, o investimento para pesquisas no país caiu de 8,4 bilhões para 2,7 bilhões de reais, além da nota oficial declarando o corte de 50% das bolsas de pesquisas até agosto de 2019, segundo o portal G1. Em virtude disso, a desculpa dada pelo Estado é que o território está passando por uma grave crise, porém, apenas em 2017, 10 bilhões foram gastos em salários de funcionários públicos acima do teto salarial constituído, além de 1,6 bilhões de reais em regalias e auxílios e 4 bilhões de lucro do primeiro semestre de 2018 do banco estatal BNDES, de acordo com o jornal BBC. Dessa maneira, percebe-se que a ciência sofre uma desvalorização moral e econômica por causa da má distribuição de capital, a qual beneficia quem menos precisa.                        Ademais, a falta de incentivo acaba por mostrar suas consequências, como, por exemplo, a migração de cérebros. Em razão disso, o país vem perdendo cientistas e criações que poderiam gerar grandes desenvolvimentos ao país, diferentemente da Índia que também faz parte do grupo de países emergentes e investiu massivamente em computadores e softwares e atualmente é uma referência mundial em tecnologia, segundo o portal EXAME. Dessa forma, o Estado precisa entender que ciência não é um gasto, mas sim um investimento que turbina a vida social e econômica de uma nação. Logo, enquanto não existir preocupação com essa área, os profissionais como o cientista brasileiro Miguel Nicolelis que criou um robô que funciona através de ondas cerebrais, migram para países como os Estados Unidos, que patrocinam suas pesquisas, de acordo com a BBC.              Entende-se, portanto, que cabe ao Ministério de Ciência e Tecnologia, junto ao Governo Federal, por meio da equidade da distribuição de renda entre Ministérios, desconcentrar a renda estatal de certos órgãos, como da Câmara de Deputados e do Poder Judiciário, para que essa verba possa ser destinada a novos projetos e, assim, valorizar os cientistas nacionais. Cabe também ao Ministério da Ciência e Tecnologia, junto ao Ministério da Educação, por intermédio de um projeto de patrocínio de pesquisas dentro das universidades, proporcionar desde a formação dos estudantes apoio para se tornarem cientistas dentro do próprio país e evitar a fuga de cérebros.