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Enviada em: 02/03/2018

Com o advento da Revolução Técnico-Cientifico-Informacional, a ciência ganhou amplo destaque, pois é vista como fator essencial para o desenvolvimento de um país. Contrariando essa perspectiva, o Brasil hodierno apresenta o setor da ciência defasado, já que há grande desvalorização dele. Essa problemática é decorrente da falta de investimentos estatais e do fato de os cientistas não serem regulamentados como profissionais pelo Ministério do Trabalho.    Mormente, cabe pontuar que o capital aplicado no ramo científico é escasso. Segundo a tese Marxista, o Estado, sob influência do capitalismo selvagem, assiste apenas os interesses da classe dominante, negligenciando os outros setores. Sob essa ótica, o Estado brasileiro menospreza a necessidade de desenvolvimento tecnológico e científico, para que haja avanços significativos e benéficos para a sociedade civil, como no ramo da medicina. Isso ocorre, pois os representantes de tal instituição têm por objetivo agradar os setores imperiantes da economia, a exemplo o agronegócio, com o intuito de receber apoio e credibilidade da parcela abastada deles. Dessa forma, a ciência brasileira recebe investimentos insuficientes, agravando a desvalorização dela. Prova disso foi o fechamento, em 2016, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação pelo presidente Michel Temer.    Outrossim, a falta de regulamentação profissional dos cientistas potencializa a decadência científica do Brasil. Nesse sentido, os estudantes do ramo não possuem seguridade salarial, além de terem acesso a um mercado de trabalho pouco atrativo e sem diversidades, pois restringe-se, na maioria das vezes, a ocupações de cargos de professores em universidades. Por esse motivo, há a forte "migração de cérebros" para outros países, como EUA, China e Alemanha, visto que eles investem, maciçamente, no campo técnico-científico. Por conseguinte, o potencial de progresso econômico brasileiro torna-se limitado, porque a tecnologia, após a Terceira Revolução Industrial, é tida como o principal instrumento de prosperidade financeira.    Evidencia-se, portanto, que urgem medidas para a solução da desvalorização da ciência no Brasil. Para isso, cabe ao Estado potencializar os investimentos nesse setor, a fim de promover o desenvolvimento dele. Dessa forma, o MCTI deve ser reintegrado ao país, fornecendo subsídios para pesquisas e projetos voltados para o progresso tecnológico e econômico brasileiro. Bem como o mercado de trabalho precisa ser ampliado, por meio da construção de centros e laboratórios científicos. Além disso, o Ministério do Trabalho, com o intuito de evitar a "fuga de cérebros",  deve regulamentar o cientista como profissão. Assim, a ciência poderá se fortalecer, gerando bons resultados para o Brasil.