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Enviada em: 10/07/2018

O período anterior à primeira Guerra Mundial, conhecido como "Belle Époque", foi marcado pelo alto investimento em ciência e pesquisa, de modo que a Europa tornou-se polo de grandes invenções tecnológicas. No entanto, quando se observa o investimento nas áreas ciêntíficas do Brasil, percebe-se que esse é distinto ao encontrado na Europa durante o fim do século XIX. Desse modo, a desvalorização à ciência permanece ligada à realidade nacional, seja pela ausência de programas escolares voltados à pesquisa, seja pela má gestão governamental.  É importante notar, a princípio, que o incipiente incentivo científico nas escolas é um fator preponderante para a manutenção do problema. Dessa forma, o sucateamento das instituições de ensino público leva à ausência de infraestrutura suficiente para o desenvolvimento de programas de carácter ciêntífico nas escolas. Assim, a educação crítica, defendida pelo filósofo e pedagogo Paulo Freire, formadora de consciência e essêncial para o desenvolvimento de pesquisas, torna-se cada vez mais utópica. Logo, grande número de estudantes com alto potêncial na referida área, são vítimas de um sistema de educação falho.  Ademais, é necessário, ainda, perceber que a desvalorização ciêntífica é fruto da progressiva perda de investimento governamental. A esse respeito, o filósofo empirista Frances Bacon acreditava que a ciência é a responsável pelo progresso humano e nacional. Dessa maneira, o Governo brasileiro vai em contrapartida aos pensamentos do filósofo inglês e de toda uma comunidade internacional quanto a importância da ciência para o desenvolvimento da nação, uma vez que, em 2017 houve um corte de 44% nos gatos envolvendo tal área. Tal fato, por consequência, leva à estagnação do país na posição de subdesenvolvimento, depêndencia tecnológica frente aos demais países e perda da classe de ciêntístas através do que se conhece como "fuga de cérebro". Torna-se evidente, portanto, que a desvalorização da ciência é mantida no Brasil, sendo necessária uma intervenção a fim de mudar esse paradigma. Sob essa perspectiva, cabe ao Ministério da Educação o papel de criar projetos de desenvolvimento ciêntífico nas escolas por meio da criação de laboratórios e do financiamento de bolsas estudantis, para que haja a formação de possíveis novos cientístas. Similarmente, ativistas políticos e ONG's deverão realizar multirões de forma a pressionar os demiurgos indiferentes à causa, com o fito de incentivá-los à redirecionar verbas para a questão científica. Somente assim, a longo prazo, visualisar-se-á a "Belle époque"  brasileira.