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Enviada em: 23/03/2018

"O que sabemos é uma gota perto do oceano que ignoramos". A frase do físico Isaac Newton, reflete a importância da busca pelo desconhecido, principalmente no que tange a ciência. Tal busca, porém, tem se tornado cada dia mais árdua no Brasil, que tem realizado inúmeros cortes nas verbas científicas e que desvaloriza a atuação de pesquisadores. Nesse ínterim, é essencial analisar como o cientista está inserido na sociedade brasileira, as consequências desse corte para a educação e sua importancia para a sociedade. A ciência, ao longo dos anos, tem representado um vetor de mudanças, capaz de fazer o ser humano conhecer ao universo e a si próprio. No entanto, o que tornou isso possível, foram mentes brilhantes de cientistas que tiveram apoio e investimentos. No Brasil, além do baixo número de bolsas disponíveis para a iniciação científica, a profissão cientista não é reconhecida e os beneficiados por essa bolsa, trabalham em um regime totalmente desproporcional ao valor dela. Tornando menor o interesse de jovens estudantes da área e deixando o país um passo atrás do mundo. O resultado das medidas econômicas governamentais nesse ramo do conhecimento, configura uma perda lastimável para a educação. Como pode ser visto no filme "A teoria de tudo", biografia do astrofísico Stephen Hawking, é durante a infância e a adolescência que o questionamento e a procura por respostas afloram, impulsionando o indivíduo a construir um perfil crítico e posteriormente, se aproximar do campo de pesquisas. A desvalorização político  social, a qual a ciência é acometida há anos no Brasil, reflete no comportamento da população. No livro "O mundo assombrado pelos demônios", do astrônomo Carl Sagan, o termo analfabetismo científico é usado para designar uma atitude de afastamento e de não reconhecimento do valor da ciência para o mundo. De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, a cada mil trabalhadores no país, apenas 1,33 são pesquisadores. Mostrando, dessa forma, a disparidade em relação a outra nações. Diante dos fatos supracitados, cabe ao Ministério da Educação em conjunto com as escolas e o MCTIC, a tarefa de elaborar feiras de ciências, visitas a museus e palestras com cientistas, uma vez que tais medidas possam despertar o interesse da comunidade escolar e da sociedade, aproximando os jovens do meio científico e tornando a área palpável e acessível para aqueles que a buscam. Dessa maneira, poder-se-á, de gota em gota do que é conhecido, navegar pelo oceano do desconhecido.