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Enviada em: 07/06/2018

De acordo com a professora e historiadora Maria Amélia Mascarenhas Dantes, desde o período colonial existem atividades científicas no Brasil. Porém, a instalação de instituições de pequisas teve início no século XIX, com a chegada da família real portuguesa no território brasileiro. Contudo, os estabelecimentos científicos concentravam-se no Rio de Janeiro. Mas, no período republicano, as províncias criaram seus quadros institucionais. Atualmente, embora seja notório o crescimento dos grupos de pesquisas e de pesquisadores, falta investimento, incentivo e divulgação para a ciência.   Com efeito, nas duas últimas décadas, a produção científica brasileira aumentou de forma expressiva. Segundo o censo de 2016, realizado pelo Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil, o número de grupos cresceu 6% em relação a 2014. No mesmo período, a quantidade de pesquisadores avançou 11% e de doutores 12%. Todavia, o progresso científico tem sido tolhido por conta da crise econômica e dos cortes de verbas do governo, que contingenciou 44% do orçamento ligado à ciência, conforme divulgou a Folha de São Paulo. Isso, inclusive, prejudica o desenvolvimento do país.     Decerto, uma nação como o Brasil, que é a sétima economia do mundo, não deveria prescindir da ciência, e sim fazer dela uma aliada fundamental para a expansão do setor econômico socialmente responsável, bem como do meio ambiente sustentável. Entretanto, há poucos estímulos para que os acadêmicos sejam pesquisadores. Por exemplo, as bolsas de estudos de fomento à ciência, além de reduzidas, quase não são divulgadas, o que detêm o interesse pela pesquisa, como diz o físico Ildeu de Castro Moreira.    Portanto, para que a ciência seja estimulada, divulgada e valorizada, é necessário que a União e os Estados realizem Parcerias Público-Privadas, concedendo poucos incentivos fiscais, de modo que aumente o orçamento destinado à pesquisa, mediante as agências, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, para que a ciência seja o motor do desenvolvimento, como ocorre nos Estados Unidos. Ademais, cabe aos institutos de pesquisa divulgar a ciência, para aumentar os pesquisadores.