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Enviada em: 31/03/2018

O cientista americano Carl Sagan, em uma de suas conferencias, citou que em algum lugar algo insigne aguarda para ser apurado. No entanto, o Brasil não faz jus ao preceito supracitado, haja vista sua displicência com o setor técnico vernáculo. Nesse contexto, urge citar os entraves educacionais e históricos que tangenciam a precarização da ciência nacional.        A princípio, é importante citar que o déficit nas educações primária e secundária subsidia essa problemática. Isso ocorre, sobretudo, porque mormente não se instrui a relevância do conhecimento científico nos ciclos estudantis. Dessa maneira, considerando-se o cânone da “Tábula Rasa” de John Locke, esse conceito não assimilado torna-se ausente no desenvolvimento e na vida adulta do indivíduo. Por conseguinte, transfiguram-se nulas a atuação e reivindicação do mesmo para a manutenção do setor erudito pátrio.         Ademais, pode-se acentuar o ofício da histórica ausência de aplicações na indústria tecnológica do País no agravo do quadro aludido. Tendo em conta que, no hodierno mundo globalizado, ciência e tecnologia progridem em união, em uma nação tradicionalmente agroexportadora e rarefeita em produção técnica, essa jornada faceja embargos. Sendo assim, prioriza-se o emprego econômico agropecuário, em detrimento ao investimento científico.        Logo, é premente que o Ministério da Educação fomente parcerias entre os setores público e privado, afim de promover o avanço científico da nação. Por intermédio de isenções fiscais às empresas e instituições educacionais particulares, mediante a livre utilização de seus aparatos tecnológicos e laboratórios próprios por universidades públicas e pesquisadores, esse propósito será ascendido. Poder-se-á, assim, inserir o Brasil dentre aqueles que visam os tesouros ocultos aludidos por Sagan.