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Enviada em: 15/04/2018

Em Outubro de 2017, ocorreu em São Paulo, a Terceira Marcha pela Ciência. Vários cidadãos foram às ruas em prol de melhorias no setor científico, ressaltando a importância da pesquisa para o país. Contudo, o Brasil continua caminhando a passos lentos na valorização dessa área, visto os entraves culturais e econômicos que enfrenta.        Em primeiro lugar, é preciso evidenciar a falta de reconhecimento da sociedade para com os cientistas. Um clássico exemplo é a indignação de muitos quanto aos pós-graduandos bolsistas (mestrandos, doutorandos) que passam a maior parte do tempo nos laboratórios. Para essa parcela dissonante, estudar e trabalhar não podem estar associados, ou seja, não reconhecem que o trabalho desses é justamente a dedicação aos estudos, pois a produção tecnológica e científica depende de pessoas que se empenham integralmente, uma vez que o desenvolvimento não só econômico, mas social de um país é dessa maneira garantido.           Além disso, é crucial destacar o descompromisso da classe política para essa área quanto a necessidade de melhorias econômicas. Enquanto países como Estados Unidos e Japão, que são destaques, garantem os recursos necessários para o contínuo desenvolvimento da ciência, o Brasil segue pelo caminho oposto, como quando se observa o contínuo corte de verbas. Dessa forma, grandes pesquisadores são atraídos para o exterior, já que não possuem garantias no país, pois nem mesmo a regulamentação da profissão de cientista é aprovada na esfera legislativa.             Fica claro, portanto, que medidas são necessárias para resolução desse impasse. Para isso, o Governo Federal precisa garantir a fixação orçamentária, com o Legislativo criando uma lei que impede por determinado número de anos o corte de verbas. Além disso, a Mídia deveria abrir mais espaço para que a comunidade científica possa dialogar com a sociedade, mostrando a sua importância para o país. Assim, o Brasil poderá destacar-se internacionalmente como um país da ciência.