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Enviada em: 06/05/2018

Sob a perspectiva de Nelson Mandela, ex presidente da África do Sul, a educação configura-se como a forma mais poderosa de mudar o mundo. Diante dessa lógica, a educação é primordial dentro do sistema penitenciário, uma vez que, tendo acesso a um processo de aprendizagem, os detentos terão mais incentivo e vantagens quanto a ressocialização e reinserção perante a sociedade. No entanto, o Brasil encontra dificuldades para instituir medidas educacionais efetivas no âmbito do sistema prisional.               Em primeira análise, existe um grande déficit de infraestrutura nas penitenciárias. Nem todas a unidades prisionais possuem salas de aula destinadas a programas de educação e tampouco, bibliotecas e salas de informática. Devido a ausência de espaços adequados, torna-se difícil o retorno dos presos à sociedade, em melhores condições. Sem atividades de interação e reflexão que promovam perspectivas de um futuro melhor e diferente, os detentos ficam a mercê da ociosidade. Dessa maneira, podendo resultar em rebeliões, além do aumento no índice de reincidências.          Em segunda análise, a falta de preparação específica para docentes, a ausência de planejamento educacional e projetos pedagógicos adequados são obstáculos a serem vencidos. É preciso uma remodelação, pois, falta profissionais preparados para formar os presos de acordo com as necessidades deles, e em muitos casos, o trabalho é descontinuado. É necessário também a integração de aulas e atividades práticas que estimulem de forma mais dinâmica, o interesse dos indivíduos em período de reclusão.           Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. Cabe ao poder público disponibilizar verbas para a execução de projetos infraestruturais, que possam viabilizar os recursos necessários para que os detentos possam ser inseridos no meio educacional. É imprescindível que as secretarias de Estado da Justiça e da Educação, promovam em maior escala, cursos que além de capacitar os profissionais da educação, incluam o uso de técnicas voltadas para um ensino mais prático e dinâmico. Desse modo, os estudantes privados de liberdade terão maiores chances de ingressar no mercado de trabalho.