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Enviada em: 18/07/2018

No Brasil, observa-se, atualmente, o crescimento no índice de violência e consequentemente de detentos. Por isso, há o superlotamento nas penitenciarias que passam a apresentar infraestrutura precária e burlar diversas leis, ferindo muitas vezes os direitos humanos. Além disso, a falta de oportunidades no ingresso do mercado de trabalho ou sistema educacional faz com que muitos ex-presidiários se submetam novamente ao crime. Diante desse crescimento acelerado no número de presos a educação tem mostrado o seu poder de ressocialização.   Embora no país haja uma lei que torna obrigatório a construção de salas de aulas nas penitenciárias, segundo o Ministério da Justiça apenas 60% cumprem essa norma. Além disso é permitido aos presos que acompanham as aulas dentro das prisões a redução de sua pena. No entanto, mesmo grande parte desejando ter acesso à educação (fato que quebra um mito social de que detentos não almejam estudar) a possibilidade é limitada pela falta de infraestrutura e profissionais qualificados para dar assistência aos detentos. Tendo em vista o saber como fonte de inclusão, o país ainda enfrenta um grave empecilho: a sociedade ainda vê como um privilégio e acham injusto que presidiários tenham a oportunidade de aprendizagem. Assim como a resistência social em reinserir ex-presidiários no mercado de trabalho ou universidades.   Diante dessa preocupante realidade brasileira a educação, decerto, é a entrada mais segura para reverter a situação, pois como afirma Nelson Mandela, importante líder do século XX: "A educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo". Os presos necessitam de atividades que o permitam desenvolver conhecimento em relação às vantagens oferecidas pelo próprio trabalho e educação. Além disso, o país necessita também de investimentos em instituições de ensino fora dos sistemas prisionais, sendo ao invés de construir novas prisões, empregar o capital na construção de outras escolas, garantindo à toda a população possibilidade de educação gratuita e de qualidade, como é determinado por lei, tendo em vista que a maioria dos detentos não possuem nível médio e fundamental completos.  Com o fito de ressocializar os detentos a partir da educação é necessário que o Estado desenvolva dentro das penitenciárias serviços que ofereçam especialização em algumas áreas como por exemplo artesanato, cultivo de plantas, corte e costura, para que desenvolvam ambiciosidade de conhecimento, garantindo também melhores oportunidades de inclusão no mercado. Além disso, é essencial maior investimento na construção e fiscalização de salas de aulas nos presídios, para que haja, efetivamente o cumprimento da lei, assegurando um dos direitos básicos do ser humano: a educação.