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Enviada em: 29/08/2018

Falta de higiene. Superlotação. Mortes. Esse é o cenário dos Campos de Concentração Nazistas, porém se assemelham à atual situação dos presídios brasileiros. Uma das medidas a fim de melhorar a condição dos detentos é a educação, que visa a ressocialização deles. Embora muitos pensem isso, a execução desse projeto enfrenta obstáculos.        Em primeiro lugar, é preciso analisar a educação como caminho para a ressocialização dos detentos. A maioria dos presos recorrem ao crime pois não conseguem dinheiro de outra forma, com isso o sistema prisional deve visar na qualificação profissional deles, para que, ao sair da cadeia, consigam empregos e, assim, não precisem praticar atividades ilícitas para o seu sustento ou de sua família. Segundo Immanuel Kant, "o indivíduo é o que a educação faz dele", por isso se o governo pretende reinserir os presos na sociedade, é preciso criar oportunidades para isso acontecer.          Apesar disso, a educação carcerária possui obstáculos, o que dificulta essa reinserção. Nos jornais, nas séries e nas novelas brasileiras é evidenciado, muitas vezes, a má qualidade da infraestrutura dos presídios, o que denota a dificuldade de se estudar ali. Além disso, são poucos os estados brasileiros  que oferecem o ensino básico, sendo apenas 50% das prisões com salas de aula e somente 11% dos detentos estudam em todo o país, segundo a Infopen, o que mostra a falta de incentivo à educação deles.        Portanto, é notória a importância da educação para ressocializar detentos e como ela é menosprezada. Por isso, é preciso que o governo ofereça uma educação de qualidade aos presos, por meio da melhora da infraestrutura dos presídios, com a construção de mais salas de aula e a implantação do ensino à distância, para que eles consigam ficar mais qualificados e consigam se reinserir na sociedade. Dessa forma, o sistema prisional brasileiro deixará de ser um campo de extermínio.