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Enviada em: 06/10/2018

A verdade que Epicteto já conhecia   "Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido." disse o premiado economista britânico Arthur Lewis; mas, parece que essa frase ainda não chegou aos ouvidos do governo brasileiro. Aqui, país aonde o número de detendos é maior que o dobro do número de vagas de acordo com o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, apenas 10,2% dos presos têm acesso a atividades educacionais.    Ainda que, de acordo com o G1, 6 em cada 10 carcerários são analfabetos ou alfabetizados com ensino fundamental incompleto, vontade de aprender não falta; em uma pesquisa feita pela Ação Educativa, 86% dos entrevistados afirmaram ter vontade de estudar.      A carência de investimentos nessa área e mau planejamento faz com que quase metade dos presídios não tenham nem mesmo salas de aula. Mas, alguns projetos nascem para inverter essa situação. Um exemplo disto é a Remissão de Pena pela Leitura, seu objetivo é incentivar a leitura e a interação entre penitenciários, diminuindo 4 dias em sua pena a cada livro lido. Embora tenha-se visto resultados positivos, esse plano ainda atua apenas em São Paulo, deixando os outros 25 estados do país sem iniciativas de tal tipo.      É irrefutável a importância dessa discussão para com o desenvolvimento da nossa sociedade. O Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) deve investir mais recursos monetários, com o objetivo de que, num futuro próximo, todas as prisões tenham programas de educação. A ministração de aulas, cursos profissionalizantes, o ampliamento do programa de leitura e pequenas reduções de pena à aqueles que tiverem um bom desempenho  fará com que o interesse dos presos cresça cada vez mais, para que, assim, se possa ressocializar de maneira simples os detendos e fazer juz as palavras o filósofo Epicteto, "Só a educação liberta".