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Enviada em: 16/10/2018

O sistema prisional brasileiro se encontra defasado e em situação precárias . A série "Por dentro das prisões" demostra de forma clara está situação, quando acompanha o dia a dia de uma prisão no nordeste do país, na qual presidiários vivem em péssimas condições de saúde, moradia, educação e saneamento básico. Tendo isso em vista, há questionamentos sobre o futuro dos presos, uma vez que após saírem das penitenciárias sofrem preconceitos para conseguir empregos, sendo assim, muitos acabam voltando para a rede criminal, por não terem outra opção para sustentarem sua famílias. Dessa forma, fica-se claro que a educação é crucial na ressocialização dos ex-presidiários à sociedade.       Em primeiro plano, a "Teoria do Habittus" de Bourdieu, afirma que quando uma ideologia é imposta a uma sociedade, ela a incorpora, a naturaliza e, por fim, a reproduz por gerações até que outra ideia seja novamente imposta. Assim sendo, o preconceito sobre ex-detentos continua a ser reproduzido pela nação brasileira, causando danos sociais, psicológicos e financeiros para os ex-presos, pois não conseguem se estabelecer financeiramente após a saída da prisão, devido a não apenas falta de oportunidades, mas como também, inúmeras vezes, não possuem qualificação profissional e educacional, o que dificulta ainda  mais essa ressocialização.     Além disso, a obra "Pedagogia do oprimido" de Paulo Freire  diz que a educação é libertadora, forma indivíduos críticos e, por fim, cidadãos. Visto isso, tem-se claro o papel essencial da educação para a formação de um indivíduo consciente de seu papel perante a sociedade, o que se torna ideal para que a população carceraria possa se sentir parte de uma comunidade, e de que todos tem uma grande importância para a manutenção desse grupo populacional. Ainda mais, a falta de educação profissional e básica para essas pessoas aliada ao preconceito, faz com que suas vozes sejam inexistente no âmbito público, como explicitado na obra "Por que a voz importa" de Couldry, tornando-se uma barreira para a igualdade dessa população hodiernamente.      Faz-se, portanto, necessária adoção de medidas que permeiem a necessidade da educação como forma ressocialização dos detentos como uma realidade. O Ministérios da Educação deve realizar parceria com universidades públicas, visando oferecer estágios para alunos de todos os cursos que estejam no últimos ano de graduação, a fim de ministrarem, em penitenciarias brasileiras, um projeto chamado "Educação é ressocialização", o qual abordara por meio de aulas práticas, atividades  profissionalizantes semanais para os detentos, para que se combata o preconceito e a falta de oportunidade dessas pessoas através  da educação. Ademais, grandes mídias devem vincular comerciais informativos sobre a necessidade de se valorizar ex-detentos no mercado de trabalho.