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Enviada em: 29/05/2019

Para John Dewey '' A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.'' A partir desse pressuposto, é notória a importância que a educação desempenha em qualquer estrutura social, até mesmo no sistema prisional que, em teoria, deve buscar a ressocialização do indivíduo. Em contra partida, sabe-se que, no Brasil, essa ideia acaba indo por água abaixo, devido à inexistência de métodos educacionais eficazes no sistema prisional e o conjunto de valores tido pela sociedade, o qual abrange apenas a necessidade da punição, sem perspectiva de futuro, ao criminoso.       Em primeiro ponto, é necessário salientar a péssima condição das prisões em território brasileiro, as quais, muitas vezes, estão em estado de superlotação, posto que há hoje 704.395 presos para uma capacidade total de 415.960, um déficit de 288.435 vagas, segundo o site G1. Essa lotação, envolve muitos fatores, entre eles a morosidade da justiça, pois, estudos realizados mostram que quase metade dos presos ainda aguardam julgamento, evidenciando a lentidão com que ocorre os processos criminais. A partir dos fatos, torna-se incoerente a ideia de ressocialização, já que não é visto nenhum ensinamento de como viver em sociedade ao submeter o indivíduo à condições desumanas.       Além disso, outro ponto que dificulta a ressocialização dos praticantes de crimes é o conjunto de valores vistos na sociedade brasileira. Realizando um paralelo com países mais desenvolvido e com alto IDH, nota-se que esses visam, primordialmente, a punição juntamente com projetos eficazes para inserir os criminosos novamente na sociedade. Em contra partida, o Brasil coloca a punição acima da ressocialização, dessa forma, o indivíduo ao sair da prisão volta com o mesmo pensamento e, muitas vezes, acaba saindo mais violento, devido as condições vivida por eles. Tais ineficácias é potencializada pela despreocupação governamental e os cidadãos que desconhecem a importância da educação para ressocializar, visando à harmonia social.       Nessa perspectiva, torna-se evidente a necessidade da implementação educacional nesses cenários, logo, cabe ao governo o cumprimento de projetos já existentes e a criação de outros, que busquem, através de palestras e oportunidades de tarefas nas prisões, a ressocialização do indivíduo após o cumprimento da pena. Além disso, torna-se essencial a criação de órgãos especializados para lidar com as situações nestes locais, visto que, apesar de necessária, nem sempre as tarefas de integração social serão fáceis. Assim, espera-se melhores resultados no sistema prisional, e posteriormente uma sociedade melhor organizada e com menores números de reincidência criminal.