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Enviada em: 26/05/2017

Revoltas. Superlotação. Mortes. São apenas alguns dos diversos problemas que enfrenta o sistema penitenciário brasileiro. Dentre tais mazelas, a ressocialização é um dos maiores e demonstra ser um desafio de destaque. Especialistas apontam que a educação é a ferramenta necessária para que o privado de liberdade seja inserido na sociedade de maneira efetiva. Ainda há, por outro lado, setores que discordam.        Hobbes afirma que o estado é o responsável por manter a ordem social ao proteger o homem do próprio homem. Os altos índices de delitos entre ex-detentos, porém, demonstram que o estado brasileiro tem falhado nesse aspecto. Não suficiente que a ficha criminal dificulte a tarefa de encontrar um trabalho, os baixos índices de educação e escolarização tornam essa tarefa ainda mais penosa e resulta em altas taxas de reincidência ao mundo do crime.        Esses fatores apontam para  a necessidade de uma ação urgente  para reverter este quadro. Ao afirmar que a educação é promotora de mudanças sociais, Paulo Freire corrobora para a ideia de que a educação como uma ferramenta que promove a ressocialização de detentos não é uma utopia. Somada a ações de inclusão social, não deve ser vista apenas como uma maneira de remediar o problema, deve ser também um modo de previnir.       Evidente o é, dessa maneira, que estado deve se valer de seu poder para amenizar a situação. O congresso e o senado devem aprovar, por meio de pressão popular, uma lei que torne obrigatória, em presídios de todo o país, a estrutura básica para a profissionalização de detentos, evitando como consequência, gastos gerados pelo seu retorno ao crime e posteriormente a cadeia. Outra instituição que possui grande poder de atuação são igrejas, que por meio de campanhas educativas e de inserção social podem tornar a ressocialização uma realidade.