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Enviada em: 28/05/2017

A partir do século XIX, adotou-se como principal meio de punição a privação de liberdade para quem age infligindo os códigos estabelecidos para o bem-estar da sociedade. Entretanto, no século XXI, isolar o detento da sociedade sem medidas para ressocializá-lo, mostrou que é ineficaz e agrava o problema.    A população carcerária no Brasil é de 622 mil pessoas, de acordo com dados de uma pesquisa efetivada pelo Departamento Penitenciário Nacional. Outrossim, os índices de reincidência é de aproximadamente 70%. Isto é, fica evidente que a privação de liberdade sem uma ressocialização não resolve o impasse e agrava-o. Tendo em vista que, os presos acabam concluindo suas penas, sem nenhuma perspectiva de mudança para a convivência em sociedade e voltam para o crime.   É consenso que, as condições dos presídios brasileiros são precárias. Além disso, apenas 10% tem alguma atividade ressocializadora como educação escolar, formação profissional em determinada área ou trabalho. Paulo freire dizia que, a educação é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática, ou seja, ele afirmava que a partir dela é que nos tornamos melhores e a chance de fazermos algo errado é minimizada, além de abrir portas para uma vida melhor. Em alguns países como a Noruega, onde há métodos efetivos de ressocialização, a taxa de reincidência é menor que 20%.   Torna-se evidente que, é preciso colocar em prática a recuperação da população carcerária, para que haja mudança em seus modos de vida e não voltem a praticar delitos. Portanto, é obrigação do Governo destinar verbas públicas para reformar e criar salas específicas para ensino nos presídios. Bem como, é necessário ampliar cursos profissionalizantes para detentos nos demais estados como há em Santa Cataria. Ademais, cabe ao Ministério da Educação em conjunto com universidades promover estágio nas cadeias para universitários de cursos em licenciaturas, assim, resgatando essas pessoas e oferecendo oportunidades para uma boa vida.