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Enviada em: 26/05/2017

Dostoiévski, um grande filósofo russo declarou que todos somos responsáveis por tudo sobre todos. Tal frase pode relacionar-se com o aumento da população carcerária devido a falta de investimento na educação do ensino básico ao superior. Diante disso, é notório que tal problemática afeta o indivíduo e, consequentemente, toda a sociedade.   A população carcerária tem aumentado muito nos últimos tempos, um exemplo que confirma isso é o fechamento de escolas e a abertura de novos presídios de segurança máxima. Quando a sociedade se depara com esse tipo de situação ela interpreta da pior maneira possível, pois os jovens já tem uma vida difícil, sem muitas oportunidades e ao ver que as escolas estão sendo fechadas esses jovens pensam que não é preciso mais estudar, que a escola foi fechada porque não dá nenhum futuro para eles, ainda mais quando os mesmos não possuem uma orientação dos pais ou de qualquer outro responsável. E isso contribui para que cada dia mais essa juventude seja dominada pelas drogas e pelo crime.   Por mais que o indivíduo esteja preso não significa que ele não se interesse nas atividades oferecidas pelos gestores educacionais. A educação em sistemas prisionais é uma forma de estimular os detentos a terem uma nova vida depois que cumprirem a pena, assim a população carcerária perceberá que através do conhecimento eles podem ter uma profissão digna e que serão respeitados pela sociedade. Deste modo, é de suma importância que todas as unidades penais ofereçam educação básica e profissionalizantes a seus internos.   É imprescindível, portanto, a participação de todos os setores da sociedade para a erradicação desse problema. O Ministério da Educação deve agir de forma eficiente para que as novas gerações possam ter acesso a uma educação pública de qualidade e assim contribuir para a diminuição de detentos no país. Somente assim, na perspectiva de Dostoiévski a lei promulgada há dois anos será em prol do coletivo.