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Enviada em: 23/05/2017

É evidente que a educação -como catalizadora do desenvolvimento humano- tem importante papel na ressocialização de detentos prisionais do Brasil; pois, embora estejam privados de liberdade, têm o direito da conquista da dignidade que o estudo e o trabalho propiciam.   Nessa conjuntura, é importante observar que mesmo previsto pela constituição brasileira que o presidiário tenha acesso à estrutura favorável ao seu retorno à sociedade, ainda há uma negligência ao propósito dos direitos humanos. Isso está evidenciado, sobretudo, na precariedade das instituições prisionais que acarretam, nos presos, sentimento de abandono da dignidade. Essa perspectiva é o grande motor das inúmeras reincidências desses indivíduos à criminalidade logo após à sua soltura, pois sem qualificação profissional, ou até mesmo equilíbrio psicológico- consequências diretas do tempo ocioso passado nas cadeias do país- torna próximo da impossibilidade a ressocialização desses detentos.    Em contramão dessa realidade, alguns presídios criaram projetos educacionais que demonstram que é possível reverter esse descaso. À exemplo disso, está a instituição de Paracatu, em Minas Gerais, em que os presidiários trabalham e estudam, e, com isso, conseguiram recuperar sessenta por cento de seus presos. Isso demonstra, portanto, que condições favoráveis ao amadurecimento pessoal trazem efeitos duradouros à reconstrução da dignidade humana, configurando-se no pensamento do filósofo Immanuel Kant que diz: "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele."      Com isso, faz-se necessário que o governo crie projetos que consigam atenuar essa situação presente no Brasil através da melhoria da estrutura habitacional, como, também, na efetivação de escolas de ensino básico nas cadeias aliada ao ensino técnico-profissionalizante. Ademais, deve ser instaurado a possibilidade de serem empregados de acordo com suas capacidades físicas e intelectuais ainda enquanto estiverem presos. Assim, se tornará mais fácil a permanência desses indivíduos na sociedade.