Enviada em: 23/05/2017

"Educai as crianças e não será necessário punir os adultos", foi o que disse Pitágoras a 2 mil anos atrás. Essa frase ganha ainda mais significado quando observado o pequeno número de detentos com curso superior e até mesmo segundo grau completo. O acesso a educação, ainda que tardia, abre novos horizontes, facilitando a reintegração  do indivíduo. Mas a falta de investimento do governo em projetos que visam a integração do preso na sociedade dificultam esse processo.    Segundo o jornal O Globo 89,8% dos detento não tem acesso a atividades educacionais. A realidade dentro dos presídios brasileiros é bem diferente do que nos é mostrado em propagandas eleitorais. Além disso as instituições prisionais que possuem o programa para educação dos presos não tem a estrutura certa para tal função. No entanto, nas unidades prisionais em que o preso tem acesso as aulas o número de reincidência caiu em 34% segundo o jornal Folha de São Paulo.     "Se não construíssem escolas, precisariam construir presídios", Darcy Ribeiro. As escolas foram construídas, mas não receberam o investimento necessário para atingir a qualidade necessária. Os presídios foram construídos, mas os projetos que reintegram os presos na sociedade não foram para frente. Se as consequências da má qualidade escolar foi o presídio, qual será a consequência da falta de projetos sociais dentro das unidades prisionais? A revolta. No início de 2017, houve uma onda de revoltas em presídios de todo país. O motivo das revoltas foi a falta de direitos básicos, como uma boa alimentação e menos presos por cela.       O detento tem que se sentir visto, ele cometeu um crime? Sim, mas isso não tira seu direito ao acesso a saúde, educação e a segurança. É necessário que o Ministério Público garanta a eles esses direitos. Além disso é necessário também que o Governo Federal invista em salas destinadas para a educação desses presos, para que posam aprender em um ambiente adequado. Se faz necessário também, que o Ministério da Educação, em parceria com as unidades prisionais promova palestras sobre a importância da educação, e como ela pode ajudar na integração do indivíduo no mercado de trabalho.