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Enviada em: 25/05/2017

A realidade da educação nas penitenciárias brasileiras é preocupante. Sabe-se que a maioria das prisões no Brasil não possuem infraestrutura adequada para receber detentos e muito menos oferecer acesso ao ensino fundamental ou técnico. Tal situação se torna um problema para sociedade,pois sem o acesso a educação não tem como esses indivíduos se ressocializarem e consequentemente voltam para o mundo do crime. "Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda". A frase do filósofo e educador Paulo Freire é exemplo de como a educação se torna uma ferramenta importante para a transformação do corpo social. Exemplo disso, é a Noruega que por meio da educação e ressocialização tem 80% do seus detentos reabilitados, em contrapartida o Brasil aumenta cada vez mais o número de presos anualmente.  A criminalidade no Brasil é um fato que cresce exponencialmente. Uma reportagem do Bom dia Brasil do dia 07/03/2014, revela que 30% dos crimes no país são cometidos por menores, geralmente esses delitos são realizados por adolescentes que possuem entre 11 e 17 anos. A maioria dos indivíduos são de famílias pobres e tem baixo ou nenhum acesso a escolaridade. Efetivamente, observa-se que a educação e a situação socioeconômica está diretamente ligada ao futuro desses jovens.  Em suma, é inevitável perceber os danos que a falta de educação para a ressocialização de detentos causam. Diante desse fator, cabe ao poder público criar projetos que visem a introdução de medidas socioeducativas para população carcerária no Brasil, com a intensificação de projetos que viabilize e incentive a educação desses detentos. Assim como o melhoramento da estrutura das cadeias com salas de aulas, materiais e profissionais adequados para ensinar esses indivíduos. Só com uma educação de qualidade e acessível para todos que a ressocialização de detentos se tornará uma realidade e não uma utopia.