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Enviada em: 28/05/2017

De acordo com Michel Foucault "A punição e a vigilância são poderes destinados a adestrar as pessoas para que essas cumpram normas e leis". Esse cunho violento e disciplinatório, frequentemente difundidos nos dias atuais, pode ser encontrado nas prisões, porém muitas vezes os métodos educacionais são deixados de lado. Diante disso, é necessário a compreensão da importância do ensino aos detentos e de quais obstáculos precisam ser ultrapassados para a atuação do mesmo.      Um ponto contribuinte para a valorização da educação prisional é pelo reconhecimento de sua necessidade. De acordo com, o grande escritor, Víctor Hugo "A cada escola que se abre é uma prisão que se fecha", observação muito plausível que se tornando realidade para o sistema prisional haverá qualificação do detento, o que acaba por: dinamizar a economia, melhorar a sua qualidade de vida, incentivar um futuro melhor aos seus filhos e ,principalmente, diminuir a violência. Cerca de 70% dos detentos soltos voltam a cometer crimes de acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), comprovando que o método vigiar e punir ainda não é eficaz o suficiente. Por outro lado, o ensino profissionalizante é imprescindível, já que, ameniza a desigualdade social, uma das principais causas do aumento da violência.        Além disso, é fundamental o reconhecimento e eliminação dos obstáculos que impedem a atuação educacional. Os presidiários já possuem o direito de reduzir sua pena frequentando aulas dentro da prisão, defendido pela lei 12.433, porém nem metade dos detentos tem acesso a essas atividades educacionais; contexto incentivado, pela sociedade que exclui e marginaliza, como também a falta de infraestrutura, já que muitos presos se encontram em ambientes superlotados, inadequados, inóspitos e insalubres, no qual acaba por incentivar a criminalidade, tornando-se uma verdadeira "escola do crime", ocasionando um acréscimo de credibilidade aos que defendem vigiar e punir, como forma de regulamentar e corrigir, respectivamente. Desta forma, identificar os empecilhos de um ensino profissionalizante é primordial para melhorar o sistema prisional, com um estudo de qualidade.      Infere-se, portanto, a importância da educação como forma de diminuição da violência. Cabe ao poder executivo priorizar a fiscalização da atuação da lei, por meio de policiais. Cabe também ao governo  dar oportunidade aos mais variados estados de adotarem em seus presídios as reformas educacionais, através , principalmente, da ajuda financeira. Além disso, cabe a mídia em parceria com a população propagarem as informações sobre a lei, com alívio de pena, e incentivarem os detentos ou os ex-detentos a buscarem a sua profissionalização, por meio de propagandas, palestras, anúncios em rádios. E assim, amenizar o "vigiar e punir" defendido por foucault.  ddni