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Enviada em: 25/05/2017

Ver para crer    O sistema carcerário brasileiro em muitos casos pode ser comparado a um problema que se ignora para fingir que não existe. Contudo, esta visão míope, que tenta isolar os detentos o mais distante e segregados possível, parece se esquecer que essas mesmas pessoas irão retornar à sociedade. Dessa forma, deve-se buscar meios para tentar ressocializa-los, que pode ser o  acesso à educação uma excelente estratégia, aspecto corroborado pelo próprio Nelson Mandela, que passou mais de quarenta anos preso  e afirmava "a educação e o ensino são as mais poderosas armas para mudar o mundo".     Por isso ignorar o problema carcerário não muda a realidade das cadeias, pior ainda, agrava a situação que comumente resultam em rebeliões ou massacres. Dessa maneira é imprescindível tentar ressocializar estes presos antes que acabe a sua pena. Em que a educação pode vir como ferramenta para dar perspectiva aos futuros ex-detentos se reinserirem na sociedade.     Ademais, perante uma realidade inexorável, mostrar um caminho que não seja o do crime, pode ser a chance para mudar suas vidas. Afinal, não se pode obrigá-los a fazer o que não querem, todavia, é possível inspirá-los e ensinar seja por meio de cursos técnicos-profissionalizantes ou  mesmo curso regular, que pelo seu próprio esforço também podem conquistar uma vida digna, sem prejudicar outras pessoas e a sociedade.     Nesse sentido, a melhor forma de se evitar que novos crimes aconteçam é preveni-los, como o próprio estadista Vitor Hugo afirma "quem abre escolas, fecha prisões". Assim, ao se incentivar o detendo a estudar, mesmo que na cadeia, aumenta-se consideravelmente a chance de se coibir futuros criminosos na sociedade. Tendo em vista que muitos destes poderiam não ter ido para a vida do crime se não fosse a própria falta de estudos, que ocasionou indiretamente menos oportunidades.     Portanto, é visível que ignorar os detentos não resolve o dilema social, é preciso enfrentar com maturidade e inteligência esse problema. Nesse caso, é a máxima integração possível do apenado  aos estudos, sendo que os reclusos tenham que frequentar aulas para ter direito a qualquer progressão de pena, podendo, caso tenham um bom histórico ter direito a bolsas profissionalizantes em instituições parceiras - que podem receber isenção de alguns impostos por parte do governo - como o SENAI ou ONGs e assim se prevenir reincidência e novos crimes.