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Enviada em: 26/05/2017

O filósofo Aristóteles já dizia que é necessário educar as crianças para não punir os adultos. No entanto, é preciso também ensinar os grandes quando eles tiverem atos amorais. Ou seja, é primordial que exista o acesso ao estudo nas prisões brasileiras como forma de ressocialização do detento, para o bem dele e da sociedade como um todo.     É preciso considerar, antes de tudo, a realidade do sistema prisional brasileiro. O cárcere, teoricamente, deveria preservar os direitos humanos e proporcionar caminhos - como a educação - para a reinserção dos indivíduos no meio social, mas não é o que acontece. É perceptível a falta de recursos básicos, como salas de aula e professores, por causa da superlotação. Desse modo, não há como atender todos de forma digna e assim, surgem as consequências. Um exemplo disso é a rebelião que aconteceu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, em janeiro desse ano, causada por uma facção criminosa, deixando mais de cinquenta mortos.     Nesse cenário, entra a educação para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos dentro e fora das instituições. Com ela, o objetivo do cárcere se tornaria real, uma vez que o preso investiria na sua construção pessoal, aprimorando-se em técnicas e cursos para viver deles quando retornaria à sociedade, ao invés de ser um local de crime e de tráfico como, infelizmente, é. O ensino, nos presídios, é obrigatório por lei desde 2015, além de ser de suma importância, porque, segundo dados do G1, quase 80% dos presos voltam a cometer crimes quando são soltos. Dessa forma, tanto o preso quanto a sociedade se beneficiariam, mantendo longe o preconceito frente aos ex-detentos.     Nota-se, portanto, que a educação é uma solução real para a ressocialização dos detentos. Por isso, faz-se necessário que o Estado construa novas instituições carcerárias com os recursos básicos para a educação, além de implementá-los também nas já existentes. Por fim, a mídia televisiva deve, por meio de propagandas, atualizar os cidadãos frente a essa atitude governamental e os tranquilizar, pois, a partir de então, diminuirá a criminalidade dos indivíduos libertos, já que o cárcere estará cumprindo seu papel.