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Enviada em: 26/05/2017

A educação no Brasil, surgida na época colonial, era considerada uma questão social segregacionista e exclusiva, já que poucos tinham acesso a ela, acrescentando assim a distância entre a classe capitalista e trabalhadora. Mesmo após a inclusão desta última classe na educação as desigualdades na sociedade atual, ressaltada na má distribuição de renda e de espaço, assim como na falta de acesso a saúde e educação de qualidade para todos, precisam ser avaliadas como ponto de surgimento da delinquência principalmente para crianças e adolescentes. Neste contexto, há dois fatores que devem ser levados em conta sobre a educação: ela como ferramenta necessária para diminuir a delinquência e como ferramenta também para inserir os detentos de volta à sociedade. Em primeira analise cabe ressaltar que, a base de todo bom cidadão é a educação gerada pela família, pela convivência social e pela escola e o acesso a ela, porém tomando em conta que a qualidade dessa educação como um todo é um ponto decisivo no resultado gerado. Uma juventude com acesso ao conhecimento básico pode criar um futuro profissional que atenda a suas necessidades sem precisar se inserir em atos delinquenciais. O acesso também aos benefícios sociais e laborais são a porta de entrada para a formação de uma futura geração educada, ao contrário de passar comportamento não apto, uma família educada é e será favorável para uma sociedade na sua totalidade. Por outro lado, a inserção dos detentos à sociedade, logo após a sua formação educacional e profissional, é uma medida de correção que de fato vai trazer benefícios, desde que, constitucionalmente é explicado, a educação tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, prepará-lo para a cidadania e qualificá-lo para o trabalho. Não podemos esquecer que as pessoas detidas por qualquer ato delinquencial têm o direito de condições apropriadas nos presídios para a sua sobrevivência, já que faz parte da sua futura incorporação na sociedade a sua boa saúde mental e física, sem esquecer também que a desumanização é o caminho incorreto da educação. Neste contexto, precisa ser incorporado em todos os presídios a nível nacional um sistema educacional e profissional como base indispensável para que o detento possa se inserir na sociedade sem ter que ser punido novamente, sendo que as chances da pessoa voltar a delinquir são altas quando não foi gerado para ele uma alternativa de vida e visão do futuro diferente daquilo que ele tem aprendido. Não podemos esquecer que o delinquente não nasce, e sim se cria numa sociedade sem educação e sem futuro.