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Enviada em: 27/05/2017

A educação alcança montanhas       O processo histórico de identidade do Estado brasileiro como nação se inicia com a vinda da família real no seculo XIX que muda a dinâmica do país. Em sequência, mesmo com tantos golpes e conflitos, tanto Pedro II, Getúlio Vargas assim como Quilombos, e Chico Buarque, de forma distintas, investiram nesta construção. Em paralelo, a miscigenação, as desigualdades sociais e as violências também marcam este enredo. Assim, temos no Brasil, século XXI, uma crise social representada no sistema prisional arcaico de dias ociosos e de aperfeiçoamento criminal que necessita de recursos educacionais para oferecer oportunidade de mudança ao detento com consequente benefício ao país.       Primeiramente, vale ressaltar que o detendo é um cidadão com plenos direitos de saúde e educação garantidos pela constituição federal. Sendo assim, investir no aprendizado e direcionar a rotina destes na prisão para trabalho interno e estudos para concluir o ensino básico e/ou fazer um curso técnico ou de nível superior, supre a obrigação do Estado e o desejo da mais de 80% dos presos em estudar conforme pesquisa da Ação Educativa em 2013.     Em segundo lugar, o oferecimento de educação nos presídios, já garantido por lei em 2010, reforça políticas públicas para diminuição de desigualdades raciais e de renda assim como as de cotas em universidades, reforçando o compromisso do país com a ONU em reduzir a pobreza. Ademais, tal iniciativa também promove melhora no IDH nacional não somente por ter mais alfabetizados, mas porque o conhecimento aperfeiçoa o cuidado sanitário, de saúde e  do ambiente.       O conhecimento gera mudanças individuais que refletem no coletivo e na nação, contudo, é preciso entrelaçar ações dos sistemas públicos e privado. Ao primeiro cabe ampliar e organizar o processo educacional nos presídios como parte da rotina. Já ao segundo, oferecer vagas de estágio aos ex-detentos para possível contratação.