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Enviada em: 27/05/2017

As grades são para trazer proteção ou exclusão?    A sociedade atual, especialmente a brasileira, está fadada a considerar utópica toda e qualquer forma de recuperação social de um indivíduo considerado “infrator”. Acredita-se que oferecer acesso à educação, saúde e bem estar são privilégios para os detentos.   O princípio da isonomia, garante que todos são iguais perante a lei. Entretanto, ao privar um cidadão de uma base educacional digna, o mesmo é ferido e causa terríveis consequências não só para o indivíduo mas, também para toda a sociedade.   Privado de sua liberdade e em péssimas condições de vida, como: superlotação, má alimentação e precária situação de higiene. São alguns exemplos da realidade de muitos, na imensa população carcerária do Brasil. Ao saírem dos presídios, sem nenhum amparo governamental e da sociedade, a maioria volta a violar as leis e espalhar o terror pelas cidades. Afinal, qual seria a saída para esta condição? Em todo o seu legado, Gilberto Freyre enfatizou a importância da educação para libertar o ser humanos das amarras impostas por interesses políticos e pessoais. Afim de formar um cidadão crítico e consciente.    Portanto, medidas são necessárias para resolver este impasse. Assim como disse o filósofo Emmanuel Kant: "O homem é aquilo que a educação faz dele". Dessa forma, ressocializar um indivíduo a partir da educação, é sim possível. Os Ministérios da educação e da saúde devem agir nos presídios, escolas e universidades, criando um ambiente adequado para essas pessoas. Oferecendo acompanhamento psicológico, boa infraestrutura e corpo docente competente para uma formação eficiente. O governo federal deve criar programas de ressocialização e assim, garantir que um certo percentual de empregados sejam provenientes destas iniciativas. A população necessita, com urgência, superar o preconceito e ensinar dentro de suas casas que todos erramos e temos o direito de corrigir. Só assim, uma sociedade justa será construída rumo ao progresso.