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Enviada em: 31/05/2017

A falta de acesso à educação é uma das maiores causas do aumento da criminalidade no Brasil. Uma pesquisa realizada na USP (Universidade de São Paulo) afirma que a cada 1% de investimento na educação, a criminalidade é reduzida 0,1%.       A educação - tanto a informal, concedida pelo meio no qual se está inserido, quanto a formal, pelo sistema educacional do país - tem papel fundamental na construção de valores dos cidadãos e na conscientização do seu papel enquanto ser social. A inacessibilidade de grande parte da sociedade brasileira à educação resulta na grande quantidade de crimes cometidos no país, deixando evidente a importância desta para a sociedade como um todo. A consciência do ser humano, segundo Karl Marx, é influenciada pelo seu ser social, portanto, a assecibilidade à educação à todos é essencial para que ocorra uma compreensão quanto aos direitos e deveres de cada um.        Se tratando de presidiários, indivíduos já formados em sua personalidade e capacidade intelectual, a educação se faz mais necessária ainda, pois o tempo em que o criminoso passa encarcerado com suas próprias ideias - estas as que o levaram a cometer tal/tais atos - sem acesso à novos conhecimentos, não pode transformar a sua maneira de enxergar o mundo, levando-o de volta à sua liberdade possivelmente mais hábil na capacidade de reincidir ao crime sem ser punido.        Tendo em vista o escasso acesso à educação dentro dos presídios brasileiros, é de responsabilidade das Secretarias de Educação do Estado e do Distrito Federal disponibilizar aos detentos uma educação de qualidade que leve à reestruturação do modo de ser e pensar do indivíduo que ali se encontra. Cabe também ao Departamento Penitenciário Nacional levar o indivíduo a trabalhar de modo a entender o valor e satisfação que tem e traz tal ato, ocasionando, assim, a melhora de um indivíduo que, ao ser posto em liberdade novamente, saiba o que fazer e não volte às práticas antigas, tendo consigo uma nova perspectiva de vida.