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Enviada em: 05/06/2017

Reprimir o mal com violência é comportamento comum de uma humanidade que vivencia a brutalidade desde o inicio da sua formação com a hostilidade praticada nos escravos. Hoje, na maioria das penitenciárias brasileiras, permanece o hábito agressivo de correção moral e a  privação dos direitos constitucionais do detento. Uma evolução recente foi a criação da Lei 12.433, de 2011, que permite a redução da pena por meio da frequência as aulas dentro do presídio. Para tanto, é preciso debater sobre as condições da educação oferecida.       Em primeira análise, o objetivo de levar conhecimento aos detentos é o de transformar toda uma vida baseada em opressão e desigualdade. um grande desafio a ser enfrentado é a precariedade da estrutura física básica para atender a finalidade do projeto. Sendo a realidade penitencial a carência de itens básicos de higiene, logo, é fácil imaginar também a ineficácia de investimentos em salas de aula para oferecimento de educação. o que comprova tal fato é o levantamento do Ministério da Justiça que mostra 40% das prisões não têm sequer sala de aula.       Além disso, é preciso saber se os professores destinados à educação penitenciaria estão preparados para lidar com o público alvo. Esses discentes são diferenciados em vários quesitos e, por isso, devem receber uma atenção especializada. Colocar professores sem qualificação específica para o exercício de lecionar para este grupo, pode ser uma atividade em vão apenas para cumprimento legal.     Fica evidente, portanto, a fim de que se atenue esse quadro problemático, é preciso que a Secretaria de Educação tenha uma gestao mais especializada e mais organizada para distribuir investimentos na estruturação dos locais de estudo penitencial. Outro medida necessária, seria as Instituições de Ensino Superior orientar a capacitação técnica de futuros docentes para trabalhar com detentos por meio de palestrar e trabalhos lúdicos. Aumentam, assim, chances de se alcançar uma sociedade mais igualitária.