Materiais:
Enviada em: 23/06/2017

Como difundido desde o século XIX por filósofos como Jonh Locke e Rousseau, o conhecimento é o único capaz de iluminar mentes humanas e encaminhá-las rumo à liberdade. Em paralelo a isso, pode-se analisar o papel semelhante exercido pela educação em presídios, dada a sua capacidade de ressocializar detentos e ser fonte de novas perspectivas ao futuro destes.             No romance Vidas Secas de Graciliano Ramos, tem-se Fabiano, personagem principal vítima da pobreza e exploração econômica no sertão nordestino, das quais não consegue se desvencilhar por não ter adquirido educação adequada. De maneira análoga, a marginalidade e o desemprego ocasionados pela baixa qualificação educacional representam uma prisão que assola jovens e adultos pobres e os conduz ao cenário do crime, tanto antes quanto após períodos de detenção em presídios.                Ademais, o esclarecimento fomenta a incrementação da cidadania de ex-detentos em seu processo de ressocialização, tal como proferido por Gilberto Freyre: "sem um fim social o saber será a maior das futilidades". Assim, novos panoramas oferecidos pelo conhecimento, tais como carreiras científicas em áreas da tecnologia, inovação e pesquisa, em detrimento aos lucros angariados com o porte de armas ou drogas, podem conduzir vigentes e ex-prisioneiros à procura de melhorias para sua própria comunidade através da ciência que poderão desenvolver. Desde então, aquela passa a contar com cidadãos engajados e não mais com criminosos.           Portanto, é indubitável a importância da educação em presídios. Contudo, ainda podem ser tomadas medidas para ampliar seus efeitos, como o oferecimento de subsídios pelo Governo Federal a empresas a fim de contratar ex-detentos com maior grau de escolaridade obtido durante a prisão. Cabe também ao Ministério da Educação o incentivo à sua chegada ao ensino superior através do estabelecimento de bolsas de estudo e disponibilização de materiais de pesquisa gratuitos.