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Enviada em: 04/07/2017

É como acreditava o filósofo e pensador Immanuel Kant, '' O Homem é aquilo que a educação faz dele''. para Kant, a educação transforma e muda para melhor a realidade das pessoas que se vinculam a ela. Assim, é de fácil percepção que esta se faz necessária na vida dos detentos que são indivíduos trancafiados em prisões, e, em geral, não desenvolvem ou produzem nada de útil para eles mesmos ou para a sociedade. Assim, a meta de ressocialização destes,infelizmente, se torna utópica.     Em primeiro lugar, é válido frisar que o sistema penitenciário brasileiro é bastante precário, e isso provoca danos não só ao detento, mais também a toda sociedade. Em consoante com pesquisas realizadas, recentemente, pelo DataFolha, menos de 10% das penitenciárias oferecem algum plano de estudo para os presidiários ou os submetem a trabalhos manufatureiros, visando a manter o presídio ou mandar recursos à família destes. Desse modo, poucos destes cativos têm  acesso à educação, que é primordial para que eles consigam se reintegrar na sociedade,tendo, assim, menos chances de encontrar um emprego, e abandonar de vez a vida criminosa. O que prejudica ele mesmo, que não consegue recuperar a sua moral humana, e a sociedade que sofre com um alto índice de criminalidade.    Ademais, é importante saber o porquê da precariedade do sistema penitenciário. Apesar de existir algumas leis que visem a reintegrar os detentos na sociedade, como a 12.245, de 2010, que obriga as unidades penais a oferecer educação básica e profissionalizante a todos os seus internos; estas não surtem efeitos satisfátorios, visto que acabam ficando apenas na teoria, já que o governo não disponibiliza verbas suficientes para reformar e ampliar as estruturas presidiárias, criando salas de aulas, por exemplo, para que isso seja feito na prática.    Um outro contribuidor para a ineficácia desse sistema é, em geral, a sociedade. Esta, como se percebe, não se preocupa em cobrar de seus governantes práticas satisfatórias para ressocializar os cativos, tendo a falsa impressão de que com eles presos, o problema está definitivamente resolvido. Todavia, essa é uma falsa percepção, visto que logo os detentos comprirão sua pena, sendo soltos e não tendo onde se amparar,  acabam por cometer mais delitos, aumentando a criminalidade no pais.    Por conseguinte, medidas que resolvam o impasse devem ser tomadas. O Ministério da Educação em parceria com o da Justiça, deve, por meio de verbas provindas da Receita Federal, promover uma ressocialização desses detentos, criando e disseminando cursos capacitantes, acesso à educação de qualidade, e também deve promover campanhas que conscientizem a população sobre a importância de recuperaar e ressocializar esses indivíduos, para que todos  possam contribuir para o resgate  do valor moral desses cativos. Desse modo, a ressocialização dos detentos será possivel de ser realidade.