Materiais:
Enviada em: 29/07/2017

Resgatando a ideologia filosófica do Mito da Caverna de Platão, tem-se que a figura do prisioneiro, liberto para o conhecimento do mundo, recai sobre a educação, a qual promove a condição intelectual necessária às relações sociais. A partir desse propósito, julga-se real a inclusão da educação na ressocialização de indivíduos privados de liberdade, favorecendo a ocupação mental, o desenvolvimento de aptidões e a condição intelectual para a realocação dos detentos em sociedade.     Assim como o prisioneiro, que no interior da caverna encontrava-se desprovido de conhecimento, ao lançar-se à luz da realidade, percebe a dificuldade inicial de convivência com o novo mundo. Dessa forma, faz-se primordial a utilização de mecanismos educacionais que preparem o detento para o mundo externo, a fim de possibilitar a reinserção profissional e familiar, evitando que estes retornem à vida criminal .       Diante disso e resgatando os pensamentos de Nelson Mandela, tem-se que: "a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo" e é a partir desta que os olhos organizacionais da segurança pública devem estar voltados. Primeiramente, deve-se garantir os direitos humanos nos centros de detenção, possibilitando a formação de cidadãos conscientes  e engajados na luta contra a recente crise no sistema prisional brasileiro.      Desse modo, retomando-se à alegoria da caverna: a figura do prisioneiro que encontra a luz do conhecimento e passa a enxergar o mundo com outros olhos deve ser um modelo para a readaptação dos indivíduos em cárcere. O Ministério da Educação deve inserir no rol de atividades prisionais aulas sobre comunicação e ciência matemática, além de cursos para a reinserção do detento no mercado de trabalho. Além disso, faz-se relevante que o Ministério da Segurança reformule o sistema carcerário evitando a superlotação nos presídios, aspirando uma ressocialização livre de facções criminosas, alicerçadas ao pensamento ético e racional. Com isso será possível aliar-se aos modelos educacionais iluministas, garantindo a humanização e a igualdade de direitos.