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Enviada em: 15/08/2017

Tornar a educação como uma solução de ressocialização de presos é uma medida para que presos consigam se reposicionar na sociedade depois de seu período de reclusão. Essa medida não é simplesmente um privilégio que alguns presos podem ter, mas é prevista por lei como um direito de todos os detentos brasileiros. O grande problema é que essa lei é desrespeitada por todo o Brasil.       O desrespeito não vem por parte dos detentos. Segundo a assessora da ação educativa, 86% deles gostariam de ter acesso a educação e 72% desses detentos são privados desse direito. Com esses dados podemos perceber que existe uma inconsistência entre o número de presos que querem o acesso a educação que é prevista por lei e o número deles que têm esse acesso. Este fato, em conjunto com outros fatos, nos faz acreditar que existe um problema na administração dos presídios brasileiros.       Os outros fatos que apontam para problemas na administração são: a superlotação dos presídios, a falta de atendimento médico para os que ficam doentes lá dentro e a longa espera dos presos provisórios para o julgamento. Todos esses fatores levantam o seguinte questionamento: como o estado pode cumprir uma lei educacional para a ressocialização presos quando não consegue cumprir com os direitos básicos dos detentos.       Para que a educação como ressocialização de detentos deixe de ser uma utopia e passe a ser uma realidade do país é necessário que questões mais básicas sejam resolvidas. Após resolvidos esses problemas é necessário que o espaço adequado para que esses presos possam estudar existam. Para isso pode-se requisitar a mão de obra dos próprios presos para a construção de salas de aula nos presídios do país. Depois disso, é necessário garantir profissionais da educação para lecionar os presos que podem ser contratados através de concursos públicos e, além disso, ex-presidiários que conseguiram se educar podem ocupar esses cargos para a educação de detentos.