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Enviada em: 26/08/2017

Durante a Idade Média era comum que os presos permanecessem em masmorras até a morte. Com o tempo, esse sistema foi substituído por outros, que visam penas mais humanitárias, como o atualmente adotado no Brasil. Esse sistema destina-se a ressocialização do preso, que pode ser conquistada através da educação, mas ainda  apresenta falhas que impossibilitam sua total aplicação.        Em primeiro lugar, segundo o sociólogo Marcos Rolim, "onde a escola falha, o crime é bem sucedido". De fato, o papel da penitenciária é o de reeducar o condenado, partindo do pressuposto de que foi uma má educação que o levou a cometer delitos. Porém, o atual cenário brasileiro não condiz com essa ideia ao mostrar uma cadeia violenta, superlotada, em más condições de convivência e que poucas vezes apresenta educação aos detentos.       Por exemplo, a guerra de facções dentro das penitenciárias ilustra um ambiente brutal, com uma estrutura totalmente desfavorável para o aprendizado dos presos. Além disso, muitas vezes as cadeias não contam com espaços apropriados, tanto para o ensino regular quanto para cursos técnicos profissionalizantes, fundamentais para a reinserção do preso ao mercado de trabalho.        Não só os problemas estruturais afetam a aplicação de um sistema educacional nas cadeias, como também o fato de que os profissionais dessas áreas não são, na maioria das vezes, capacitados para a atuação.       Portanto, tendo em vista as dificuldades apresentadas, concluímos que a ressocialização do preso através da educação ainda está longe de ser uma realidade. Para que isso ocorra, é indubitável a necessidade de reformas no sistema carcerário, tornando cadeias locais acolhedores para a passagem do preso, constituindo salas de aula, bibliotecas e espaços educativos, tanto para as séries inicias quanto ao ensino médio e técnico. Além disso, é preciso capacitar os profissionais que atuarão na área para entender e lidar com a situação a qual estão expostos, retirando das mãos dos agentes de segurança pública a total responsabilidade, e dividindo-a com agentes de educação.