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Enviada em: 23/08/2017

Nos últimos anos a sociedade brasileira viu a qualidade de sua educação cair, as escolas e professores serem desvalorizados e, consequentemente, as disfunções sociais ganharem espaço, sobretudo a violência e a criminalidade. Com isso surge a questão: será que a revalorização da educação tem o poder de mudar essa realidade ?    Para o filósofo Immanuel Kant, "o ser humano é aquilo que a educação faz dele". partindo dessa concepção, fica evidente que a educação, por consequência da modificação do homem, pode, não só mudar a sociedade, mas, como também, reformulá-la. De modo análogo, denota-se a importância desse instrumento como mecanismo de ressocialização de detentos e da diminuição da reincidência criminal. Haja vista que uma parcela expressiva dos que se iniciam na vida do crime é motivada justamente pela falta de oportunidades, financeiras e sociais, por exemplo, que podem ser modificadas a medida em que se aprimora o arcabouço informacional dessas pessoas, pois, assim terão mais oportunidades de escolha, tanto no mercado de trabalho quanto na vida em geral.    Todavia, a presença de alguns problemas transformam esse fato em mera utopia. O pouco investimento na manutenção do ensino, o desinteresse público frente ao problema e o sucateamento das escolas, são alguns deles. Por conseguinte, tal contexto desestimula os alunos a frequentarem as salas de aula e dificultam o aprendizado, uma vez que alguns centros de ensino não possuem sequer mesas e cadeiras, assim como detenções que não dispõem de salas em que possam ser ministradas as aulas, dificultando o acesso a um direito inalienável assegurado por lei.    Portanto, percebe-se a permanência do problema por fatores sociais e políticos. Logo, a fim de atenuar o impasse, é imperativo que a Receita Federal disponibilize uma maior quantidade de recursos financeiros, para que o Ministério das Cidades em conjunto com o MEC tenha subsídios que possibilite uma otimização estrutural e funcional do sistema de ensino, principalmente dentro dos centros de detenção, como a criação de mais salas de aulas, possibilitando o acesso ao conhecimento. Mensagens de conscientização também deverão ser transmitidas pelos meios de comunicação governamentais, como o programa de rádio "Hora do Brasil" e cartilhas educacionais a serem distribuídas para a população, objetivando promover a valorização da educação como instrumento modificador e sua importância para o bom funcionamento social.