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Enviada em: 22/09/2017

Apesar de se destacar enquanto potência econômica mundial, o Brasil ainda vivencia problemas sociais arcaicos, como é o caso do sistema presidiário vigente. Nesse contexto dois aspectos fazem-se relevantes, sendo o tratamento desumano que os detentos recebem, e também a falta de qualificação profissional daqueles que foram libertos. Diante da gravidade desse assunto, faz-se necessária à mobilização do Estado para resolver a questão apresentada.    Com efeito, os militares, no geral, agem de forma rude, com barbaridade contra os presidiários, por meio de violência verbal e até mesmo física, causando transtornos e traumas nos mesmos. Esse tipo de atitude nem sempre se da por uma causa justa, mas pelo simples fato de estarem no poder sobre os demais. Quadro esse que precisa ser revertido, para construção de ambientes de harmonia e vínculos entre os detentos e seus superiores. Afinal, após cumprirem sua pena esses indivíduos refletirão na sociedade tudo aquilo que vivenciaram na prisão.    Ademais, os presidiários passam anos de sua vida em uma cela, sem contato com o mundo exterior, muitas vezes sem uma ocupação do seu tempo livre para pensar em um futuro melhor. Consequentemente, quando os mesmos voltam a vida tradicional, eles chegam quase sempre com baixo índice escolar e profissional. Além disso, a passagem pela polícia se torna mais um obstáculo para obtenção de um trabalho. Situações como essa podem gerar uma série de complicações, a falta de dinheiro, moradia, e do básico para sobrevivência pode fazer com que o indivíduo, por não obter um emprego, volte ao mundo do crime.    Portanto, mesmo aqueles privados de liberdade devem obter o tratamento adequado, não só por direito a educação, mas também para o progresso do país. Sendo assim, urge que o Ministério da Educação intervenha no sistema presidiário, aderindo os ensinos fundamental e médio nas instituições de todo país, além de oferecer cursos com profissionalizações simples, mas de valor, para os detentos. Soma-se isso a ação do Ministério do Trabalho e Emprego, que deve agir em função dos ex-detentos preparando-os para o trabalho através de programas semelhantes a estágios, para que assim os introduza no mercado. Eventualmente, com a elevação da educação, a criminalidade e a marginalização sofrerão alterações positivas em todo território nacional.