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Enviada em: 20/09/2017

É de conhecimento geral que a educação é primordial para a evolução humana, já que, além de avanços históricos e científicos,  ela também é base para o sucesso individual de cada ser. Todavia, quando trata-se da educação como solução na ressocialização de detentos, é percebida certa tensão entre os que a encaram como utopia e os que a vêm como realidade. O fato é que, tratá-la como privilégio é ignorar que ela faz parte de um direito fundamental, e a quebra desse - movido pelo ódio popular e negligência de autoridades - tende a gerar maiores problemas no futuro.     Em primeira instância, deve-se compreender o papel da sociedade diante ao exposto. O desejo punitivo é manifestado, principalmente, por meio de redes sociais, e ganha forma através de comentários cheios de ódio e carentes de senso crítico, trazendo a idéia de que o preso não merece seus direitos mais básicos, ocasionando o reforço do descaso por parte do Estado para com a população carcerária, sendo ele a parte mais grave do problema.    Logo, somada a questão social, é possível considerar o mau funcionamento do sistema carcerário como principal causa do deficit educacional e violação de direitos dentro dos presídios. Isso advém da negligência por parte dos órgãos responsáveis, já que, de acordo com o Ministério da Justiça, 40% dos presídios no Brasil infringem a lei não oferecendo educação aos seus detentos.     Evidência-se, portanto, a importância de combater o senso comum e as falhas dentro dessas instituições, que visam justamente a reabilitação social, o que jamais acontecerá da forma desumana que são tratadas. Adotando o pensamento de Kant, que diz que o ser humano é o que a educação faz dele, é preciso investir nessa área com seriedade, aprimorando e respeitando leis, fiscalizando seu funcionamento, assim como esclarecer e informar a população sobre os resultados disso. A educação,  além de necessária, é a única saída possível para essa situação.