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Enviada em: 04/02/2018

A educação como solução ressocialização de detentos: utopia ou realidade?       A educação na prisão é uma das ações que o sistema penitenciário enfrenta grandes dificuldades. O problema é complexo, pois além da discriminação por parte da sociedade, o Governo apresenta resistência em investir adequadamente no sistema penal. Quando o poder público investe, os recursos financeiros são insuficientes.          Não se recupera cidadãos em celas superlotadas ou com severas punições, sem disponibilizar o que a lei determina. Apesar de ser obrigação do Estado, a ressocialização não é um meio de transformar e de mudar o pensamento de todos que estão cumprindo pena, afinal muitos não demonstram interesse por estudo ou trabalho. Percebe-se que há um elevado nível de analfabetismo e baixo nível de escolaridade dos encarcerados. Mas isso não é somente responsabilidade da gestão prisional - é consequência de vários fatores, sobretudo sociais.         O cárcere é um espaço geograficamente cheio de contradições. É um lugar onde vivem pessoas de diferentes idades, classes sociais e que estão pagando a pena por ter cometido dos mais variados crimes: desde pequenos furtos até homicídio ou estupro. Ao mesmo tempo em que possui homens e mulheres que cometeram um erro na vida e estão privadas de liberdade, há também os que cometeram e continuam praticando crimes dentro e fora da prisão.       Oferecer estudos a estas pessoas consideradas excluídas da sociedade não é algo fácil. A administração prisional deve criar estratégias eficientes e efetivas para maior aproveitamento do ensino no cárcere com espaços adequados e profissionais capacitados, pois é imprescindível que o poder público melhore as estruturas físicas dos presídios e implante escolas nas unidades prisionais. Ações dessa magnitude pode contribuir de maneira positiva e o retorno pode ser traduzido na própria sociedade. Lhttps://www.cadernoterritorial.com/news/os-desafios-da-educacao-na-prisao-janisley-gomes-de-abreu/