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Enviada em: 19/07/2018

Em um contexto social brasileiro, onde pouco mais de 40% dos jovens concluem o ensino médio - de acordo com pesquisa da organização não governamental "Todos Pela Educação"-, se abster de uma festa para dedicar o tempo ao estudo é estranho para muitos jovens, no qual, pelos dados, mais da metade dos jovens escreveram suas vidas nos trabalhos, nas noitadas, mas não no estudo. Por certo, Rousseau dizia que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe, seria somente a sociedade responsável por agregar e/ou tirar valores para melhor formação do indivíduo?        Em primeiro lugar, Immanuel Kant afirmava que o indivíduo não é nada além daquilo do que a educação faz dele, essa visão positivista reflete nos dias de hoje porquê a educação é a base de desenvolvimento social e econômico para qualquer país, ainda que o Brasil esteja atrasado frente a outros países. A causa maior da ausência de jovens nas escolas é a falta de dinamismo entre indivíduo, governo e sociedade, onde o governo por meio da educação deveria promover condições adequadas para o indivíduo ter uma carreira e ser ativo na sociedade qualitativamente e não quantitativamente. Por consequência, os níveis educacionais ficam desequilibrados e os melhores concentrados em poucos locais, já que falta uma boa formação de professores para implementar na base educacional do país.         Em segundo lugar, falta uma determinada atratividade na escola para que o aluno tenha vontade em frequentá-la, principalmente nas periferias, onde a incidência de criminalidade é alta e a probabilidade do jovem optar por dinheiro fácil e rápido ao invés da escola é quase total. Por conseguinte, a falta de uma boa escola, principalmente nesses locais humildes, inviabiliza a falta de informação e formação dos jovens, questões sociais sobre sexualidade, mercado de trabalho e empatia. Nesse contexto, se cobra muito do Governo sobre investimento na educação, mas poucos complementam essa ideia, de qual forma isso pode ser possível? Jogar dinheiro nas mãos erradas e de forma inadequada só propicia a corrupção, falta combater a causa e não só medir as consequências da falta da educação. Nesse contexto, portanto, é necessário que o Governo, por meio do Ministério da Educação, promova uma reforma no ensino médio, juntamente com as Secretarias de Educação de cada Estado, elaborando um cronograma para que todos estudem os mesmos conteúdos para que não haja desequilíbrio e aprofundamento sobre as áreas na qual cada aluno deseje seguir. Com a implementação de uma nova base educacional, os alunos se sentirão mais engajados para estudar e assim contribuirão para o futuro social e econômico do país, resultando em um avanço histórico.