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Enviada em: 12/02/2019

A educação é uma ferramenta democrática fundamental, capaz de oportunizar e dar novas perspectivas de vida ás pessoas. Entretanto, quando se observa o atual panorama da educação brasileira nota-se que muitos são os impasses existentes ocasionando o atraso do desenvolvimento social do país. Sob essa perspectiva, deve-se ressaltar o valor da educação nas transformações socais a fim de valoriza-la e potencializar seus efeitos na sociedade.         A priori, o importante educador e filósofo Paulo freire confirmou a relevância da educação ao afirmar que sem ela a sociedade não muda. Seguindo essa linha de raciocínio, apesar de ser apontada como crucial, tal papel do ensino não é prioridade, uma vez que projetos sociais e ambientais que tem discussões focadas em direitos humanos não estão na agenda das aulas. Se não há estímulo a essas atividades, não há por que entender o valor do meio nas transformações sociais. As mudanças, então, não devem começar só pelas causas, mas também pela própria necessidade de se entender essa importância.       Outrossim, é indubitável que a questão constitucional esteja entre as causas do problema. Sob essa ótica, em 2016 a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 propôs o congelamento de gastos na área educacional por 20 anos. Todavia, já se observava anteriormente que escolas e universidades públicas sofriam com falta de verbas e sucateamento estrutural. Sob esse viés, essas ações não afeta apenas a qualidade de ensino mas, também, as camadas menos abastadas da sociedade, pois consoante Nelson Mandela a educação é a arma mais poderosa que podemos usar para salvar o mundo, e consequentemente modificar as desigualdades sociais.       Fica claro, portanto, que, apesar de crucial, o papel transformador da educação não tem sido aproveitado no Brasil. Nesse sentido, faz-se necessário a divulgação de campanhas cobrando e evidenciando nos meios de comunicação ações com difusão de valores por parte da escola. Concomitante, o governo deve investir no reconhecimento dos professores, aumentando seus salários , além de disponibilizar cursos voltados aos docentes para ampliar suas qualificações profissionais. Ademais, ONGs e a própria família, em conjunto, devem exigir o retorno de trabalhos sociais, de forma que, pouco a pouco, a frase de Paulo Freire realmente faça sentido.