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Enviada em: 14/02/2019

Depois do advento do mercado técnico-científico, as sociedades ricas e desenvolvidas, como os Estados Unidos, a Europa e o Japão, passaram a girar holisticamente em torno de cientistas com alto grau de instrução, os quais criam tecnologias capazes de mudar o destino da humanidade. Porém, antes de serem assim, essas pessoas frequentaram escolas e universidades, de modo a adquirirem conhecimento. No Brasil, infelizmente há descaso com o ensino acadêmico, e, por isso, inexiste progresso social.       De fato, poderíamos descrever a cena escolar como, de um lado, alunos ardidos por andar lá fora, como Pilar (em "Conto de Escola" de Machado de Assis); e, de outro, um verdadeiro monólogo do mestre com palavras ao vento, que, à moda da ex-presidente Dilma, continua estocado na cabeça dos discentes. Situação essa, pois, completamente diferente das dinâmicas aulas lecionadas pelo protagonista principal da série "Merli".       Aliás, esta equivocada noção de ensino verborrágico doutrinante restou superada com o advento da internet (que intensificou o desinteresse na sala de aula) e o encampamento de outros valores sociais pelas instituições de ensino (como a luta contra as drogas e a distribuição de leite em pó). Além disso, cumpre mencionar que o ensino brasileiro ficou mais sucateado a partir de 2015 (com o congelamento de verbas educacionais promovido pelo governo de Michel Temer), castrando a pesquisa universitária e eliminando investimentos na área pelos próximos 20 anos.       Portanto, se é desejo do brasileiro ver seus cidadãos produzindo tecnologias de qualidade, capazes de mudarem a socidade, é de rigor que o Ministério da Educação altere o plano pedagógico dos professores, concedendo-lhes autonomia de método para ensinar aos alunos. Ao mesmo tempo, tal órgão poderia destinar verbas para que estes mesmos professores pudessem levar seus alunos em industrias, bibliotecas, museus, zoológicos ou parques ecológicos. Assim, poderiam dinamizar o estudo e encourajar aos alunos no meio científico, lugar no qual poderiam fazer a diferença no desenvolvimento social.