Materiais:
Enviada em: 12/03/2019

Segundo o educador Paulo Freire, a educação proporciona meios para mudar os indivíduos e esses, assim, são aptos para transformar a sociedade. Por conseguinte, observa-se a importância que a instituição escolar exerce no tecido social. Contudo, um Estado apático e um ensino defasado dificultam que a educação apresente-se como um veículo de mudança na sociedade brasileira.       Em primeiro lugar, improvavelmente o Brasil gozará dos benefícios que o sistema educacional pode promover a uma nação, com um Estado que demonstra ser incapaz de exercer a sua função. Dado que, apesar do direito à educação ser considerado como um direitos humanos fundamentais, nota-se que  o governo não se mobiliza para efetivar essa conquista. Dessarte, permite, por exemplo, escolas sem infraestrutura adequada, inclusive, na falta de acessibilidade, já que, segundo o Censo Escolar, 75% dessas instituições  carecem de itens básicos, como rampas e corrimões. Em vista disso, o Estado brasileiro reverbera o enigma da modernidade elucidado pelo filósofo Henrique de Lima, em que a sociedade é tão avançada em suas razões teóricas, mas tão indigente em suas razões éticas.        Outrossim, pode-se apontar como outro entrave, a defasagem do ensino no Brasil. Uma vez que, nota-se um sistema ainda preso em métodos de memorização, os quais preconizam resultados no ambiente técnico do estudante, negligenciando, dessa forma, mecanismo que buscam  a construção do poder crítico do indivíduo. Ademais, esse tipo de ensino, que prioriza as habilidades cognitivas, proporciona uma escola descontextualizada com a realidade dos seus alunos, à vista disso, influência nos elevados índices de evasão escolar. Consoante a isso, uma entidade que teoricamente possui o poder de promover mudanças sociais, entretanto, ao analisar a realidade brasileira, essa função não se efetiva, e, assim, a faz emergir em uma crise institucional.      Portanto, para que as escolas no país consigam ser  veículo de mudança sociais, faz necessário que esse local seja restruturado. Dessa forma, cabe ao Estado uma atuação mais ativa em relação ao siste-ma educacional, por meio do direcionamento de uma maior parcela dos tributos recolhidos, com o obje-tivo de criar um ambiente que ofereça infraestrutura adequada aos estudantes, principalmente, ao defi-ciente físico. Além disso, é preciso que o Ministério da Educação reformule a carga horária das escolas, para que haja a ampliação de aulas de sociologia e filosofia, de sorte que auxilie no desenvolvimento crítico do aluno. Mas também, que essa reforma se paute em estrategias de aprendizagem que dialoga os conhecimentos cognitivos com habilidades sócio emocionais e, dessa forma, possibilite que o aluno se identifique com essa instituição e ,por conseguinte, diminua os índices de evasão. Dessa maneira, proporciona a concretização da sequência de resultados apresentada pelo educador Paulo Freire.