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Enviada em: 13/05/2019

Educação – O tijolo que alicerça a sociedade     Na música “Another brick in the wall", da banda Pink Floyd, é narrada uma revolta estudantil perante a mecanização do sistema de ensino. Analogamente, como a vida imita a arte, o sistema educacional brasileiro possui entraves que dificultam a criação de senso crítico e, consequentemente, mitigam as possibilidades de uma sociedade mais engajada.    A princípio, em consonância aos ideais de Paulo Freire, é ponto pacífico que a educação no Brasil se encontra mecanizada. Em pensamento análogo ao Fordismo do século XIX, as crianças e adolescentes que frequentam as escolas brasileiras se veem em uma “linha de montagem", onde a memorização de livros e a necessidade alienada de resultados em vestibulares acarreta uma diminuição progressiva de senso crítico.     Outrossim, segundo o filósofo Kant, é na educação que se assenta o grande segredo de aperfeiçoamento da humanidade. Diante disso, a criação de títeres estudantis - que não criam um elo entre o que aprendem em sala de aula e seu cotidiano - deprime o surgimento de uma sociedade engajada, que racionaliza seu cotidiano de forma ética e cordial.     Destarte, parafraseando Drummound, é mister que a sociedade haja de mãos dadas em prol de uma “desmecanização" do taciturno ensino brasileiro. Para tanto, é necessário que dirigentes escolares e docentes se unam em uma campanha digital, que denuncie o ensino alienado e promova coerção nos órgãos responsáveis pela educação. Ademais, seria de suma importância que empresários viabilizassem escolas pautadas em projetos e trabalhos em grupo, para que, dessa forma, possa-se inferir, desde a socialização primária, a imprescindibilidade de engajamento social, e não apenas a necessidade de marcar uma resposta certa em uma folha de gabarito.